Curitiba - O deputado estadual Renato Freitas afirmou que “um carro ameaçou atropelar” ele e uma amiga antes de se envolver em uma briga no Centro de Curitiba. o parlamentar deixou o hospital nesta quarta-feira (19) e afirmou ter sido vítima de uma “agressão racista” e de cunho político “às vésperas do Dia da Consciência Negra”. Assista aqui ao momento da troca de socos.

Ao conceder entrevista para a Ric RECORD, o parlamentar ainda apresentava sangramento no nariz. Ele disse que não conhece o homem envolvido na briga e relatou que estava no carro dele quando outro veículo se aproximou e o passageiro iniciou acusações. Segundo o deputado, ao estacionar o carro conduzido pelo assessor, o outro motorista também parou e o homem desceu para provocá-lo.
O parlamentar descreveu como tudo começou quando atravessava a rua com uma amiga.
“Eu estava atravessando a rua com uma amiga minha e um carro meio que ameaçou nos atropelar, acelerou e parou próximo da gente. Olhei para o para-brisa e o rapaz abriu o vidro e falou que eu estava encarando. Encarando o quê? E daí ele estacionou e veio, já disposto, por alguma motivação que eu desconheço, a me agredir fisicamente”, iniciou.
Ele contou que o assessor interveio naquele primeiro momento e que a situação parecia encerrada, até o agressor retornar filmando e iniciando novos xingamentos.
Renato Freitas disse que nariz já estava quebrado antes de briga: ‘Quebrei a outra parte’
Renato explicou que a confusão teve início quando um homem se aproximou e tentou acertá-lo com um soco. Segundo o deputado, ele reagiu para se defender. Ele acrescentou que parte do confronto não aparece no vídeo que circula e relatou que, enquanto era agredido, ninguém ao redor interveio; somente após conseguir imobilizar o agressor é que algumas pessoas se aproximaram.
O parlamentar confirmou que sofreu uma fratura no nariz. “Meu nariz já era quebrado, agora quebrei a outra parte. Agora está duas vezes quebrado”.
De acordo com Renato, a agressão teria relação com questões políticas e raciais. Ele disse ter sido alvo de xingamentos referentes ao PSOL e de ofensas de cunho racial. Para ele, esse tipo de situação se tornou recorrente.
“As pessoas se sentem cada vez mais autorizadas a injuriar, a difamar e a agredir, não só pessoas negras de modo geral, mas a gente que se coloca representante”, afirmou.
O deputado afirmou que vai registrar um boletim de ocorrência e solicitar à Polícia Civil as imagens das câmeras de segurança do Centro de Curitiba. O objetivo, segundo ele, é comprovar que foi xingado, ameaçado e que apenas agiu para se defender.
Renato também avalia que o caso terá impacto político. “Os abutres já estão farejando a tragédia, o acidente, a agressão, qualquer coisa ruim para tentar tirar algum proveito político disso”.
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