Curitiba - O deputado estadual Ricardo Arruda (PL) não terá problemas só na Justiça, onde responde por ações cíveis e criminais propostas pelo Ministério Público do Paraná. O parlamentar terá de enfrentar também um processo político na Assembleia Legisltiva do Paraná (Alep).

deputado renato freitas (PT)
Renato Freitas usou tribuna da Alep para falar sobre pedido de cassação (Foto: Valdir Amaral/Alep)

Durante a sessão de terça-feira (30), o deputado petista Renato Freitas disse da tribuna da Alep que vai apresentar um pedido de cassação do mandato de Ricardo Arruda.

O petista citou trechos da reportagem publicada pelo Blog Politicamente que detalha a ação de improbidade administrativa proposta pelo MP no último dia 11 de setembro. A ação cobra de Ricardo Arruda a devolução de R$ 1.045.170,80 que teria sido desviado através de um sofisticado esquema de “rachadinha” — 0 que teria provocado enriquecimento ilícito.

A ação cível é um desdobramento na denúncia criminal apresentada pelo MP em abril de 2024 e que até agora, um ano e cinco meses depois, ainda não apreciada pelo Tribunal de Justiça do Paraná. Além da propositura da denúncia criminal, o MP pediu o afastamento de Ricardo Arruda do mandato de deputado estadual — o que também não foi analisado.

Minutos depois, foi a vez de Ricardo Arruda subir à tribuna e falar sobre o caso. Iniciou dizendo que “seria uma perda de tempo responder a Renato Freitas”, citando boletins de ocorrência do petista registrados na Polícia Civil.

O deputado do PL disse ser vítima de uma perseguição política, por parte de um procurador do MP, e que a denúncia é infundada e que ele vai provar na Justiça. Destacou que “investigação não é crime” e que a ação não o preocupa em nada. Citou ainda que tem uma longa e próspera vida no mercado financeiro de São Paulo que lhe rendeu um patrimônio declarado de mais de R$ 70 milhões.