Requião tem dificuldades para encontrar vice e esquerda nacional já assume dificuldades no Paraná
Achar um nome viável que tope ser vice de Roberto Requião (PT) não tem sido tarefa fácil para a cúpula petista no Paraná. A tentativa é formar uma frente capaz de unir os partidos de esquerda como Rede, PSOL e PDT, mas há forte resistência de setores das três legendas. Em off, dirigentes petistas confirmam que a busca tem tirado o sono de muita gente na sigla e já acendeu um sinal de alerta na coordenação nacional da campanha do ex-presidente Lula da Silva (PT).
“Ele não decola nas pesquisas”, disse à coluna um dirigente petista que pediu para não ter o nome revelado. Ele citou o recente levantamento do IRG Pesquisa, que mostrou que Ratinho Júnior (PSD) se elegeria no primeiro turno com 53% das intenções de voto. Requião, que já comandou o Estado três vezes, tem menos da metade, 21,5%. Na mesma sondagem, Lula aparece com 35,2% dos votos. “Nem os eleitores do Lula estão querendo votar no Requião”, resumiu a fonte.
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Outra constatação das dificuldades do PT em decolar uma candidatura viável ao governo do Paraná, foi feita pela revista “Carta Capital”, que tem forte editorial de esquerda, e diz que “No Sul, a esquerda se une nas eleições estaduais – mas pesquisas são frustrantes”. A publicação diz que “não será tarefa fácil” eleger Requião e batizou a tentativa como “Trabalho de Sísifo”, uma expressão popular originada a partir da mitologia grega, que define todo tipo de trabalho ou situação que é interminável e inútil.
Já há dentro do PT quem defenda nomes históricos do partido no estado para levar adiante a missão de fornecer palanque a Lula no Paraná, e convencer o recém-filiado a ser um puxador de votos na chapa de deputado federal.