O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), foi preso preventivamente nesta quarta-feira (3) durante uma operação da Polícia Federal (PF). De acordo com a corporação, há “provas robustas” de que o político vazou informações sigilosas que prejudicaram investigações da conexão do Comando Vermelho com agentes públicos.

A prisão de Bacellar aconteceu durante a Operação Unha e Carne. Segundo a apuração do portal Metrópoles, as informações vazadas pelo presidente da Alerj levaram À prisão do deputado estadual TH Joias (sem partido).
O mandado de prisão preventiva e os oito de busca e apreensão foram expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Eles fazem parte das determinações da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental das Favelas (ADPF 635), que deu à PF a responsabilidade de investigar os principais grupos criminosos do Rio de Janeiro.
Além de pedir a prisão de Rodrigo Bacellar, Moraes também determinou o afastamento do político da Alerj. De acordo com o ministro, as informações da PF levam a crer que o presidente interferiu indevidamente nas investigações.
“Os fatos narrados pela PF são gravíssimos, indicando que Rodrigo Bacellar estaria atuando ativamente pela obstrução de investigações envolvendo facção criminosa e ações contra o crime organizado, inclusive com influência no Poder Executivo estadual, capazes de potencializar o risco de continuidade delitiva e de interferência indevida nas investigações da organização criminosa”, afirmou Moraes.
Prisão de Rodrigo Bacellar: o que é a Operação Zargun
Iniciada em 3 de setembro de 2025, a Operação Zargun desarticulou um esquema de tráfico internacional de armas e drogas diretamente ligado às lideranças do Comando Vermelho no Complexo do Alemão. Além disso, o esquema também contava com corrupção de agentes públicos e lavagem de dinheiro. Ao todo, foram cumpridos 18 mandados de apreensão, 22 de busca, e sequestro de R$ 40 milhões em bens.
Dentre os alvos da operação, estavam um delegado da PF, policiais militares, um ex-secretário estadual e o deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias. No caso, o deputado foi apontado como articulador político da facção dentro da Alerj. Dentro da assembleia, TH Joias atuaria para favorecer o CV com compra de fuzis, drogas e equipamentos antidrones.
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