Delegado Rolando Alexandre de Souza é o novo diretor-geral da Polícia Federal (PF). A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (4).
Atual secretário de Planejamento e Gestão da Agência Brasileira da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), ele é considerado o número 3 em importância dentro do órgão e também é o ‘braço direito’ de Alexandre Ramagem, diretor-geral da Abin, que teve sua nomeação vetada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O nome de Rolando já era apontado como uma das alternativas do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com fontes próximas ao mandatário, Ramagem tem participado diretamente das decisões sobre a PF.
Diretor-geral da PF e demissão do ministro da Justiça
Ramagem foi indicado ao cargo, pelo Palácio do Planalto, após a exoneração de Maurício Valeixo do comando da PF. Valeixo havia sido indicado pelo então ministro da Justiça Sérgio Moro e era apontado como pessoa de confiança do ex-juiz.
O afastamento de Valeixo causou uma ruptura entre o governo Bolsonaro e seu ministro que acabou pedindo demissão. Moro chegou a acusar o presidente de interferência política dentro da Polícia Federal e tentativa de ter acesso a informações sigilosas sobre investigações que estão em curso.
No último sábado (2), Moro prestou depoimento na sede da PF em Curitiba, no Paraná, para falar sobre as acusações. O inquérito foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e as denúncias serão apuradas.
Durante todo o dia, manifestantes, alguns que apoiam Moro e outros o presidente Bolsonaro – permaneceram em frente à sede da PF. O clima ficou tenso e a polícia precisou intervir para que não houvesse confusão, mesmo assim, um cinegrafista da RIC Record TV foi agredido por um participante.