Curitiba - Alvo de um mandado de busca e apreensão em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), o deputado estadual Samuel Dantas (SD) é um dos investigados no âmbito da Operação Janus, do Ministério Público do Paraná (MPPR). Em seu primeiro mandato parlamentar, o deputado nasceu em Assaí, no norte do estado, mas reside há muitos anos na região de Curitiba.

O agora deputado foi candidato à Prefeitura de São José dos Pinhais, em 2018, quando foi o segundo mais votado, perdendo a eleição para Nina Singer, então no Cidadania (ela foi reeleita em 2024, pelo PSD). Eleito então pelo Partido Republicano da Ordem Social (PROS) em 2022, com 29.322 votos, Dantas foi o 63º colocado na votação nominal. No entanto, conquistou a vaga pelo quociente eleitoral. Em 2023 passou a integrar o Solidariedade, partido ao qual o antigo PROS foi então incorporado.
Deputado fez carreira na Polícia Militar
Em seu perfil no portal da Assembleia Legislativa, o deputado se apresenta como empresário, formado em finanças. Em seguida, destaca sua passagem pelo Exército e sua carreira na Polícia Militar do Paraná (PMPR).
“Serviu o Exército Brasileiro em 2011 e, pelo excelente serviço prestado a nação, foi agraciado com honra ao mérito”, afirma a biografia oficial do deputado. Que então destaca a formação como policial.
“Ingressou em 2013 no curso de formação da Polícia Militar do Estado do Paraná, trabalhando rigorosamente em defesa da população e no combate ao crime organizado. Pertenceu ao 13°batalhão (PMPR). Foi convidado a integrar o Batalhão de Operações Especiais (BOPE), concluindo o treinamento/estágio de aperfeiçoamento de 6 meses, trabalhando na Companhia de Choque do BOPE”, complementa.

O perfil oficial de Dantas na Alep destaca ainda as bandeiras defendidas pelo deputado. “Como cidadão e pai de família sempre defendeu a população de bem, causas sociais e defesa dos animais, mantendo seus princípios baseados na honestidade e moralidade durante o seu mandato”, conclui o texto biográfico.
Operação apura possíveis crimes de concussão e peculato
As buscas no gabinete do deputado são parte da Operação Janus. A investigação apura a suposta prática dos crimes de concussão (quando um servidor público exige alguma coisa em razão de seu cargo) e peculato (desvio ou apropriação de dinheiro público). Além desse mandado, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu outras 22 ordens de busca e apreensão no âmbito da investigação. Todos os mandados foram cumpridos em Curitiba.
A reportagem da RICtv apurou que oito agentes do Gaeco chegaram ao prédio da Alep antes das 7h desta terça-feira, em duas viaturas descaracterizadas. Eles saíram da assembleia horas depois levando computadores e documentos aprendidos. No entanto, como a investigação segue sob sigilo, não é possível precisar exatamente o que foi levado pelos agentes.

Procurada pela reportagem, a assessoria do deputado Samuel Dantas afirmou que não se pronunciará a respeito da operação neste momento.
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