Depois de participar de encontro entre representantes de todas as correntes do PSDB em Brasília, o senador Cássio Cunha Lima (PB), líder do partido no Senado, fez uma autocrítica sobre sua fala durante uma entrevista coletiva na semana passada. Na ocasião, o tucano defendeu a realização de novas eleições para presidente da Rapública.

“Não fui feliz naquela declaração. Faltou clareza. Faltou amarrar o raciocínio”, afirmou o parlamentar. A defesa do senador sobre as novas eleições desencadeou uma forte reação interna no PSDB, especialmente no núcleo do partido em São Paulo.

O governador paulista Geraldo Alckmin e o senador José Serra, ambos postulantes a vaga de candidato à Presidência em 2018, desautorizaram a radicalização. Formado por integrantes de todas as correntes do PSDB, o Grupo de Análise Estratégica do partido (GAE) foi criado depois da segunda posse de Aécio como presidente do PSDB, em maio, para tentar dar unidade ao discurso tucano.

O grupo se reuniu nesta terça-feira (18) em Brasília, para avaliar o resultado dos protestos do último domingo contra a presidente Dilma Rousseff e unificar o discurso tucano.

O encontro acontece um dia depois do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ter reunido em São Paulo o senador Aécio Neves e o governador Geraldo Alckmin com o mesmo objetivo. Antes da reunião, FHC publicou um texto nas redes sociais, onde afirma que a renúncia da presidente Dilma seria “um gesto de grandeza”.

“O texto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso unificou o partido e pacificou o discurso. Essa linha deve orientar o PSDB”, diz o secretário geral tucano, deputado Silvio Torres (SP).

Também participaram do encontro o líder do PSDB no Senado, o deputado Carlos Sampaio, líder da bancada na Câmara, o ex-governador Alberto Goldman , vice-presidente do partido e o deputado Bruno Araújo, líder da minoria na Câmara.