Curitiba - O senador Sergio Moro (União/PR) classificou como “grande roubo”, o caso que investiga fraude contra idosos e pensionistas no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Beneficiários sofreram cobranças irregulares entre 2019 e 2025, e o valor total pode chegar a mais de R$ 6 bilhões.

“Esse foi um grande roubo contra aposentados e pensionistas. Aprovamos semana passada um requerimento de minha autoria, para ouvir o novo ministro da previdência na Comissão de Fiscalização do Senado, vai acontecer na quinta-feira (15). O governo tem muito a responder, porque o que aconteceu foi que no início do governo Lula houve um salto gigantesco do desconto desses benefícios e o que foi verificado pelas pesquisas e investigações, sem autorização deles, até para associações e sindicatos que não tinham estrutura de prestar qualquer serviço”, declarou Moro.
Para o senador paranaense, o novo caso de desvio marca novamente o Partido dos Trabalhadores (PT), que já tem histórico com o ‘Mensalão’ e o ‘Petrolão’.
“É o governo do PT sempre se superando, a gente achava que o Mensalão era o maior escândalo de corrupção de todos os tempos, depois teve o Petrolão, que superou e muito, e agora temos esse que precisamos buscar um nome ainda, mas é muito grave porque atinge pessoas mais vulneráveis”, completou Moro.
Em entrevista exclusiva ao programa Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, nesta segunda-feira (12), Moro destacou que já existem assinaturas suficientes para a abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), entretanto, a tentativa necessita de aprovação dos presidentes da Câmara e do Senado.
“As assinaturas já são suficientes para abertura da CPMI, agora precisamos dar um passo para haver instalação através da presidência das casas. O presidente do senado estava em viagem, volta essa semana, será certamente cobrado para fazer essa instalação”, destacou Moro.
Sergio Moro justifica aumento da corrupção
Durante a entrevista, o senador também apontou problemas que podem contribuir para o aumento da corrupção. Segundo Moro, o desmantelamento do sistema de prevenção e combate à corrupção, incluindo a anulação de condenações do caso da Lava Jato, justifica novos atos de criminosos, que agora, “estão mais à vontade”. “Ou a gente combate o crime, ou ele volta com toda sua força”, reforçou Moro.

Sergio Moro ressaltou que a Segurança Pública perdeu força neste terceiro mandato do governo Lula, o que abre espaço para novos casos envolvendo corrupção em larga escala.
“Nós temos a impunidade primeiro nos crimes de colarinho branco, entre eles a corrupção. Infelizmente essa é uma agenda que ficou prejudicada nesse governo Lula, aquele hostil. O país retrocedeu e muito e isso é um consenso geral, e o resultado está aí. Os criminosos mais uma vez se sentindo confortáveis em roubar os velhinhos, os aposentados, os pensionistas, isso é de uma vergonha incrível. Fatos são assustadores”, declarou Moro.
Assista à entrevista completa com Sergio Moro no Jornal da Manhã:
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