Show de mais de meio milhão do Raça Negra em Maringá é investigado pelo MP
Um show do grupo de pagode Raça Negra, realizado em Maringá, no Noroeste do Paraná, na virada do ano, está sob invstigação do Ministério Público do Paraná (MPPR). Isto porque o cachê pago pelo show, R$ 550 mil, está muito acima do valor de mercado solicitado pela própria banda a outras prefeituras.
Leia também:
- Entenda a diferença entre os modelos de pedágio em discussão no Paraná
- Veículo com mais de R$ 165 mil em multas é apreendido no Noroeste do Paraná
O valor chamou atenção da sociedade. Uma denúncia chegou ao MPPR, que abriu investigação para averiguar a possibilidade de superfaturamento. De acordo com o Ministério Público, em outros contratos firmados entre a própria banda e outras prefeituras, os valores são bem menores do que os pagos pela administração municipal maringaense.
O inquérito civil público do MPPR ainda está na fase de reunião de documentos para apuração.
A Prefeitura de Maringá informou que o MPPR já solicitou cópia do contrato. O município reforçou que enviará toda a documentação solicitada e que já fez isso em todas as oportunidades em que os órgãos de controle solicitam documentos para a gestão.
A prefeitura ainda reforçou que contratou a maior estrutura de show do grupo Raça Negra. O valor do cachê engloba as passagens aéreas e diárias de alimentação de 32 pessoas, incluindo banda, produção, dançarinos, músicos de apoio, técnicos de som e luz, entre outros.
O valor previsto no contrato, alega a prefeitura, corresponde ao valor de mercado, considerando que os preços de shows de músicos de renome nacional aumentam na virada do ano. O município reforça que os recursos são oriundos da Secretaria de Cultura, para uso em atrações e espetáculos culturais da Maringá Encantada.
O RIC Mais tentou falar com o secretário de cultura de Maringá, já que os recursos para o pagamento do show vieram dessa pasta. Mas não houve retorno. O secretário mandou apenas uma nota, mas que não responde aos questionamentos feitos.