O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, que é réu do Núcleo 2 da suposta trama golpista, declarou nesta quinta-feira (24) que não realizou bloqueios ilegais em rodovias durante as eleições de 2022. O réu declarou que as blitzes feitas no dia do segundo turno eram para evitar crimes eleitorais.

Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF
Silvinei Vasques foi interrogado pelo STF nesta quinta-feira (24) (Foto: Pedro França/ Agência Senado)

Vásques foi interrogado pelo juiz Rafael Tamai, magistrado auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do caso. De acordo com as investigações, o ex-diretor teria dado ordens ilegais aos policiais da PRF para realização de operações visando dificultar o trânsito dos eleitores no dia 30 de outubro de 2022, no segundo turno das eleições. 

Na audiência, Silvinei Vasques disse que o objetivo das operações foi evitar crimes eleitorais, como transporte ilegal de eleitores e fechamento de rodovias em todo o país, e não só no Nordeste, região em que Lula obteve maior votação em relação ao então candidato à reeleição Jair Bolsonaro

Segundo ele, não houve nenhuma determinação do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que também é réu e a quem a PRF estava subordinada, para a realização das operações ilegais.

“Tudo que a gente recebeu de determinação, eu entendi que a gente deveria acatar. Eu entendo que era o dever legal. Não vi na fala do ministro nenhuma ilegalidade. Foi isso que a gente levou para a PRF”, afirmou.

O interrogatório dos réus é uma das últimas fases da ação penal. A expectativa é de que o julgamento que vai decidir pela condenação ou absolvição os acusados do núcleo 2 ocorra no segundo semestre deste ano.

*Com informações da Agência Brasil

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Guilherme Becker
Guilherme Becker

Editor

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.

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