Os sites do Governo do Paraná que ficaram fora do ar na noite de sexta-feira (16) após uma invasão de hackers já voltaram à normalidade desde a madrugada deste sábado (17). A Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar) afirmou que os dados dos sistemas foram preservados e que a tentativa de invasão ocorreu nas camadas superficiais. 

De acordo com o governo, os sites foram retirados do ar “como medida de segurança devido à prática conhecida na língua inglesa como ‘defacement’, que consiste na modificação de conteúdo e estética de uma página da web com motivação de cunho ativista ou político.

Ataque virtual

Na noite de sexta-feira, quem acessou os sites hackeados, entre eles os das secretarias de Saúde, Agricultura, Segurança, bem como da Agência Reguladora de Serviços (Agepar), se deparou com uma imagem na qual podia ser lido: “imposto é roubo”. 

A assinatura do ataque virtual era do ND Amazonas (Noias do Amazonas). Pelo Twiter, o grupo assumiu a ação e ainda listou todos os sites hackeados. Conforme a publicação, sistemas de intranet do Ipem, do Detran e da Casa Militar também foram atingidos. 

Leandro Moura, presidente da Celepar, classificou a atitude irresponsável, principalmente neste momento da pandemia, quando tantos profissionais e a própria população dependem de dados e atendimentos disponibilizados pelo governo através dos sites oficiais

“Em plena pandemia, sites de hospitais tiveram que preventivamente sair do ar, o Portal do Coronavírus, que é o centro de informação da pandemia do Governo e também inúmeros outros sites de serviços ao cidadão ficaram indisponíveis, por conta da prática criminosa desses hackers em plena pandemia e estão pichando diversos portais governamentais em vários estados da Federação. A origem já foi identificada”, declarou Moura, que não confirmou a autoria do ND Amazonas.

Sites em outros estados

Conforme as postagens do grupo de hackers NDA Amazonas em sua conta de Twiter, eles estão desde o início de março atacando diversos sites dos governos estaduais de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba e Goiás, além de páginas municipais como Guarulhos, Votuporanga, Cruzeiro e Nova Florestas. O ataque da quinta-feira (15), por exemplo, foi contra as Defensorias Públicas dos Estados de São Paulo e do Acre.