O Supremo Tribunal Federal (STF) conclui na noite desta segunda-feira (28) o interrogatório com os 31 réus do processo que investiga uma suposta trama golpista, ocorrida durante o governo de Jair Bolsonaro. Os investigados foram divididos em quatro núcleos, conforme denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Montagem com fotos de SIlvinei Vasques, Jair Bolsonaro e general Mário Fernandes
SIlvinei Vasques, Jair Bolsonaro e general Mário Fernandes estão entre os réus do processo (Foto: Clauber Cleber Caetano – PR/ Marcelo Camargo – Agência Brasil/ Isác Nóbrega – PR)

Com o final da fase de instrução das ações penais, os réus têm prazo de cinco dias para apresentar requerimentos complementares ou solicitar novas diligências. O Núcleo 3 foi o último a ser interrogado, por isso, este prazo para os 11 réus deste grupo começa nesta terça-feira (29). Os prazos para os demais núcleos já está em andamento.

Após esta etapa, será aberto prazo para as alegações finais dos réus e da PGR, responsável pela acusação. O prazo será de 15 dias. As alegações representam a última manifestação da defesa e da acusação antes da sentença, que pode condenar ou absolver os acusados.

Os réus respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Quem são os réus da suposta trama golpista

A denúncia sobre a suposta trama golpista separou 31 réus em quatro núcleos de atuação. Conforme a PGR, os envolvidos teriam colaborado para uma tentativa de golpe após o resultado das eleições de 2022, quando Lula foi eleito presidente.

Núcleo 1 – Central

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
  • Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-chefe da Abin
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça
  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa

Núcleo 2 – Gerenciamento de ações

Núcleo 3 – Ações coercitivas

  • Bernardo Romão Correa Netto (coronel);
  • Estevam  Theophilo (general);
  • Fabrício Moreira de Bastos (coronel);
  • Hélio Ferreira (tenente-coronel);
  • Márcio Nunes De Resende Júnior (coronel);
  • Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel);
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel);
  • Ronald Ferreira de Araújo Júnior (tenente-coronel);
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel);
  • Wladimir Matos Soares (policial federal).

Núcleo 4 – Operações estratégicas de desinformação

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército);
  • Ângelo Martins Denicoli (major da reserva);
  • Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente);
  • Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel);
  • Reginaldo Vieira de Abreu (coronel),
  • Marcelo Araújo Bormevet (policial federal); e
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal).

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Guilherme Becker
Guilherme Becker

Editor

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.