A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, nesta terça-feira (16), cinco réus do Núcleo 2 da trama golpista nas eleições presidenciais de 2022. A decisão foi unânime, sendo que um dos julgados foi inocentado pela Corte.

Ao todo, seis réus compunham essa faixa de investigação, ligada a elaboração da “minuta do golpe”, a articulação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para dificultar o voto de eleitores da Região Nordeste no pleito e o planejamento da operação “Punhal Verde Amarelo”, que tinha como objetivo o assassinato de autoridades, como o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do vice-presidente, Geraldo Alckimin (PSB).
Os seis réus respondiam pelos crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, deterioração do patrimônio tombado e dano qualificado por violência e grave ameaça ao patrimônio da União.
O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, foi o primeiro a votar e decidiu pela condenação de Filipe Garcia Martins Pereira (ex-assessor internacional de Jair Bolsonaro), Marcelo Costa Câmara (coronel da reserva do Exército e ex-assessor da Presidência), Marília Ferreira de Alencar (delegada e ex-diretora de Inteligência da Polícia Federal), Mário Fernandes (general da reserva do Exército) e Silvinei Vasques (ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal).
Já o delegado da Polícia Federal Fernando de Sousa Oliveira foi inocentado por Moraes, com o ministro tendo alegado falta de provas contra Oliveira.
O voto de Moraes foi seguido pelos demais ministros da Primeira Turma do STF: Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino.
Os quatro ministros votarão ainda nesta terça-feira a dosimetria da pena, ou seja, quanto tempo cada um dos condenados passará preso, bem como o regime da detenção.
*com informações da Agência Brasil
Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui.