Nesta terça-feira (18), o Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para o dia 8 de abril o início do julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que envolve o grupo de 11 militares e um policial federal, chamado de núcleo 3, acusados de planejar “ações táticas” para efetivar um golpe de estado durante o governo de Jair Bolsonaro.

A decisão tomada pelo ministro Cristiano Zanin, do STF, veio após a liberação do grupo 3 para julgamento por parte do ministro Alexandre de Moraes nesta segunda-feira (17).
São investigados no núcleo 3:
- Bernardo Romão Correa Netto (coronel);
- Cleverson Ney Magalhães (tenente-coronel);
- Estevam Theophilo (general);
- Fabrício Moreira de Bastos (coronel);
- Hélio Ferreira (tenente-coronel);
- Márcio Nunes De Resende Júnior (coronel);
- Nilton Diniz Rodrigues (general);
- Rafael Martins De Oliveira (tenente-coronel);
- Rodrigo Bezerra De Azevedo (tenente-coronel);
- Ronald Ferreira De Araújo Júnior (tenente-coronel);
- Sérgio Ricardo Cavaliere De Medeiros (tenente-coronel); e
- Wladimir Matos Soares (policial federal).
Entre as táticas apontadas na denúncia da PGR, os acusados do núcleo 3 teriam promovido uma campanha pública deliberada para pressionar o Alto Comando das Forças Armadas a aderir ao conluio golpista no fim de 2023.
Agora, o processo será julgado pela Primeira Turma do Supremo, composta pelo relator da denúncia, Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.
Caso a maioria dos ministros aceitar a denúncia, Bolsonaro e os outros acusados viram réus e passam a responder a uma ação penal no STF.
Todos os acusados pela trama golpista foram denunciados por cinco crimes: golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
*Com supervisão de Jonathas Bertaze e informações da Agência Brasil.
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