A segurança na Praça dos Três Poderes foi reforçada a partir desta segunda-feira (1º), vésperas do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus. Bolsonaro, Walter Souza Braga Netto, Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira serão julgados por uma tentativa de golpe de Estado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O efetivo extra da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) deve ficar no entorno do STF até 12 de setembro, data prevista para encerramento do julgamento. Ainda nesta segunda-feira, uma Célula Presencial Integrada de Inteligência, instalada na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Distrito Federal, começou a operar, com órgãos de segurança locais e nacionais que monitoram a movimentação de pessoas para lançar ações preventivas, caso necessário.
A partir do dia do início do julgamento, esta terça-feira (2), estão proibidas aglomerações e manifestações, além de qualquer tipo de acampamento, aos arredores da Praça dos Três Poderes. Ainda, são previstas revistas a mochilas e bolsas.
Mesmo com as proibições, as autoridades se preparam para movimentação intensa, uma vez que mais de 3 mil pessoas se inscreveram para acompanhar o julgamento presencialmente. Com vagas limitadas, nem todas poderão acessar o local.
Outras medidas de segurança para julgamento de Bolsonaro
O Supremo Tribunal Federal se prepara – desde meados de agosto – para a realização do julgamento sobre a trama golpista bolsonarista. Desde o mês passado, cerca de 30 agentes da Polícia Judiciária foram enviados de diversos estados e outros dormem na sede do tribunal, em dormitórios montados para que fiquem de prontidão.
Entre as precauções, houve também varreduras repetidas no edifício do Supremo e também na casa dos ministros da Primeira Turma, que, além de Moraes, é composta por Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino.
Investigação de trama golpista
Os réus do núcleo 1 da trama golpista respondem por cinco crimes, cuja pena somada pode ultrapassar os 40 anos de prisão. São eles: integrar organização criminosa armada, atentar violentamente contra o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado da União.
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