O deputado federal Tadeu Veneri (PT)  se pronunciou sobre a reoneração da folha de pagamentos de 17 setores decidida por Cristiano Zanin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Procurado pelo Grupo RIC, Veneri se posicionou contra a desoneração.

Primeiramente, o parlamentar afirmou que a desoneração da folha de pagamentos já começou de maneira equivocada. “Eu acredito que, quando esse projeto foi votado a primeira vez, tanto na Câmara, quanto depois no Senado, houve um equívoco com relação aos valores que não significaria [problemas] para os cofres do governo diretamente, mas sim impacto na previdência, que obviamente depois tem que ser coberta com o orçamento público”, afirmou.

Em seguida, Veneri comentou sobre a necessidade de debater o assunto de maneira racional. “Eu acho que é desnecessário esse processo todo de você transformar o que é para ser um debate razoavelmente racional em um debate primeiro ideológico e depois emocional. Nós estamos falando de gastos e se há erros, há erros do lado do governo, há erros também do lado dos empresários, que até agora não pautaram, não mostraram quanto que isso significou em número de empregos e quanto que isso significa em valores de produtividade”, disse.

Além disso, o deputado comentou sobre a dificuldade de desfazer a redução. “Se você faz uma desoneração, ou seja, se abre mão de R$ 30 bilhões, tem que dizer onde que vão entrar os R$ 30 bilhões”, relatou.

Por fim, Tadeu Veneri reafirmou a necessidade de continuar seguindo o que a lei prevê. “Entendo que o presidente Rodrigo Pacheco fez uma série de afirmações que o Senado e a Câmara votaram e aumentaram a arrecadação, o que é, obviamente, louvado, mas entendo também que mesmo com essa arrecadação sendo aumentada, a lei continua sendo aquela que diz que para você fazer desoneração você tem que dizer de onde vai esse dinheiro”, concluiu.

Entenda a decisão de Zanin

Na última quinta-feira (25), o ministro Cristiano Zanin suspendeu a desoneração da folha de pagamentos após um pedido da Advocacia Geral da União (AGU). 

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A princípio, a decisão busca preservar o equilíbrio das contas públicas e controlar o crescimento das despesas. Além disso, o magistrado também destacou a necessidade de evitar um desajuste fiscal de proporções bilionárias.

Confira a posição de cada integrante da bancada paranaense no Congresso Nacional

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Mariana Gomes

Repórter

Formada em Jornalismo pela PUCPR, especialista na área de Esportes, Cultura e Segurança, além de assuntos virais da internet e trends das redes sociais.

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