
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) escolhe nesta terça-feira (10) o futuro presidente do colegiado pelo biênio 2025-2026. Entre os 13 membros do colegiado definidos pelas lideranças partidárias, 11 devem apoiar a indicação do atual presidente da casa, deputado Ademar Traiano (PSD). Apenas Renato Freitas (PT) e Ana Julia Ribeiro (PT) devem abrir divergência, votando justamente no político petista.

Ademar Traiano deixará de ser presidente da ALEP a partir de 2025 após um acordo de não-persecução penal com o Ministério Público do Paraná (MP-PR) ser revelado justamente por Renato Freitas.
Com o desgaste dos documentos que revelaram a confissão de Traiano de ter recebido propina em 2015, a mesa executiva antecipou as eleições para a nova presidência e a casa escolheu, por unanimidade, o nome de Alexandre Curi (PSD) para comandar as atividades nos dois anos finais de legislatura.
A segunda posição mais importante do legislativo paranaense é justamente a presidência da CCJ, já que é por lá que todos os projetos precisam passar, porque há a necessidade de analisar a constitucionalidade de cada um dos Projetos de Lei (PL) que tramitam na casa.
Bate-chapa quase ocorreu
Com a saída consumada da presidência da ALEP, Traiano mobilizou integrantes da base governista para assumir a maior comissão do parlamento. Em um primeiro momento, o deputado Romaneli (PSD) prometeu um “bate-chapa” ao anunciar candidatura contra o colega de partido.
Mas, após acordos e negociações de bastidores, Traiano deve se sagrar o sucessor de Tiago Amaral (PSD), que assumirá a prefeitura de Londrina a partir do ano que vem.
Para que o acordo fosse fechado, mudanças de titulares na CCJ precisaram ocorrer na tentativa de não causar resistência à indicação de Ademar Traiano. Entre os afetados está o deputado Paulo Gomes (Progressistas), que perdeu a cadeira para Soldado Adriano José (Progressistas), que é visto como “mais alinhado ao Palácio Iguaçu”.
Com isso, dos treze nomes, apenas os dois do PT devem marcar posição contra a eleição de Traiano e o hoje principal líder da casa de leis do Paraná continuará em posição de destaque pelos próximos dois anos.
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