Em um novo capítulo da crise entre Brasil e Estados Unidos, o presidente Donald Trump afirmou que o país comandado por Lula (PT) é um dos “piores parceiros comerciais”. Mesmo tendo um superavit de R$ 1,7 bilhão nas relações entre os países, Trump afirmou que o Brasil aplica tarifas “tremendas” sobre os EUA.

O republicano disse ainda que o Brasil tem sido “horrível” nas relações comerciais e voltou a criticar a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), chamando a determinação judicial de “péssima”. “É uma execução política o que o Brasil tenta fazer com Bolsonaro”, afirmou.
As declarações de Trump acontecem duante a semana em que os EUA elevou o tom contra o governo brasileiro. Na última quarta-feira (13), os Estados Unidos cancelam vistos de membros do governo brasileiro por aproximação com Cuba. O motivo dos cancelamentos dos vistos foi o país ter criado, em 2013, durante o governo Dilma, o programa Mais Médicos, que acolheu médicos cubanos, que atenderam em regiões remotas e isoladas do Brasil.
Na terça-feira (12), o governo Trump emitiu um documento contra Lula e Moraes, em escalada da crise entre os países. O documento aponta supostos crimes contra os direitos humanos de opositores que estariam sendo cometidos no Brasil.
Um dia antes, uma outra cartada foi dada pelos republicanos, quando o secretário de Trump cancelou reunião com Haddad sobre tarifas ao Brasil.
Crise com os parceiros comerciais, leva Brasil a criar MP Brasil Soberano
E foi diante desses ataques que o governo Lula lançou a Medida Provisória chamada de MP Brasil Soberano, medida que libera R$ 30 bilhões em créditos para amenizar tarifaço dos EUA. A medida conta com devolução de imposto, crédito e incentivo para as empresas afetadas pelo tarifaço de Donald Trump.
“Na área da indústria teremos o Reintegra. Para a pequena empresa, as micro e pequenas, já tinham [acesso a medida]. Agora as que exportam para os Estados Unidos terão esse acesso. Vão ser 3% de retorno dos impostos pagos”, explicou vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
O ministro citou ainda o drowback, regime fiscal que isenta ou suspende impostos sobre insumos usados na produção de bens para exportação. “Aquilo que eu importo eu não pago imposto, mas se eu frusto a minha exportação, eu teria que pagar o imposto do que eu importei, além de multas e sanções. O senhor está prorrogando por mais um ano o drawback”, citou.
Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui.