Está marcado para esta sexta-feira (15) um encontro histórico entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, no Alasca. Os líderes mundiais vão apertar as mãos pela primeira vez em seis anos, com o objetivo de discutir o futuro da guerra na Ucrânia, que já se arrasta por mais de três anos e vive um momento de congelamento dos avanços no campo de batalha. O governo ucraniano, porém, não estará à mesa de negociação.

Está também será a primeira vez, em 10 anos, que Putin pisará em terras norte-americanas. Além de tratar assuntos relacionados a guerra, o encontro no Alasca pode significar uma aproximação entre os líderes mundiais.
“Para Trump o que possivelmente está na agenda é um cessar-fogo para a Ucrânia. Mas também acho que Trump está muito interessado em algum tipo de reinício das relações com a Rússia. Ele poderia sair com ambos. Ele poderia sair com nada também. Nesse sentido, os resultados reais são muito incertos”, disse Stefan Wolff, cientista político alemão especialista em segurança internacional e solução de conflitos.
O próprio governo americano admitiu que essa reunião histórica servirá para “ouvir Putin” mais do que desenhar qualquer tipo de acordo, por isso a Ucrânia estaria de fora. Mas apenas uma foto ao lado do presidente americano poderá ser considerada a consolidação das vitórias diplomáticas do russo após ter sido considerado um pária internacional por sua invasão da Ucrânia em 2022.
Na quinta-feira (14), o Kremlin sinalizou que também estava interessado em discutir outros assuntos além da guerra, como laços econômicos e armas nucleares. Putin disse acreditar nos “esforços bastante enérgicos para interromper os combates, pôr fim à crise e chegar a acordos de interesse para todas as partes envolvidas neste conflito”.
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