
Em comunicado enviado ao Congresso, Trump diz que a Venezuela representa “ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos”
O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, prorrogou por mais um ano o decreto de emergência nacional na Venezuela. A iniciativa começou na gestão do presidente Barack Obama, em março de 2015. Para Trump, a situação no país sul-americano não melhorou e deve ser considerada uma ameaça à segurança norte-americana.
Crise na Venezuela
O decreto inclui sanções contra funcionários do governo de Nicolás Maduro e restrições econômicas. O aumento de sanções à Venezuela foi anunciado, no mês passado, durante reunião do Grupo de Lima, na Colômbia, da qual participou o vice-presidente dos EUA, Mike Pence.
Em comunicado enviado ao Congresso, Trump diz que a Venezuela representa “ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos”. Em resposta, o governo venezuelano chama a renovação da medida como “um erro histórico” no contexto de agressão econômica e ameaças.
Maduro indica que se manterá no poder
Sem mencionar o retorno de seu opositor Juan Guaidó, autodeclarado presidente interino da Venezuela, o presidente Nicolás Maduro sinalizou, nas redes sociais, que se manterá no poder. Ele criticou indiretamente o apoio ao opositor, informando que a Venezuela é alvo de agressões.
“O mundo é testemunha excepcional de uma Venezuela que enfrenta as agressões imperiais e segue em frente com dignidade. Continuaremos a manter a bandeira dos povos livres que levantam suas vozes contra a interferência imperial”, disse Maduro, em sua conta pessoal do Twitter.
Negociações para reabertura da fronteira avançam
As negociações entre as autoridades do Brasil e da Venezuela evoluem no esforço de reabertura da fronteira entre os dois países, fechada desde sexta-feira (22). No encontro, eles conversaram sobre tratativas comerciais que possibilitem abastecer as cidades fronteiriças de Pacaraima e Santa Elena de Uairén. Ambos demonstraram preocupação com o desabastecimento de produtos básicos para as duas regiões.
O Brasil precisa da reabertura para importar do país vizinho calcário e energia, por exemplo. Já a população da Venezuela necessita de produtos como alimentos e medicamentos, escassos devido ao fechamento da fronteira – medida anunciada pelo presidente do país, Nicolás Maduro. Desde então, houve momentos de confrontos e violência na região, registrando inclusive mortos e feridos.