O Governo do Paraná divulgou, nesta quarta-feira (19), levantamento feito pela Casa Militar sobre o uso de placas reservadas pelas serventias policiais e judiciais do estado. Sem detalhar o número desses itens, o Poder Executivo apontou redução de 9% nessas placas.

As placas reservadas são utilizadas para ocultar a identificação comum de um carro, com informações sigilosas, as quais placas tradicionais não têm. Dessa forma, dados como nome do proprietário não constam no sistema público do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
A Casa Militar apontou que 81% das placas reservadas no Paraná estão ligadas a instituições federais, como a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Agência Brasileira de Inteligência, Receita Federal, Tribunal Regional do Trabalho, Departamento Penitenciário Nacional e Exército Brasileiro.
Outros 11% são utilizados por órgãos estaduais como o Ministério Público, Gaeco, Tribunal de Contas, Tribunal Regional Eleitoral e o Tribunal de Justiça. O restante pertence a representates da Casa Militar e do Poder Executivo, sob orientação do sistema de inteligência do estado.
A Casa Militar ainda pontuou que orienta a todos os poderes e órgãos federais que comuniquem com antecedência e de forma centralizada o pedido para utilização dessas placas.
A organização ainda pontuou que fará revisão “periódica e permanente” nas placas reservadas a cada “180 dias”. Além disso, a Casa Militar ainda “vai oficiar todos os órgãos que utilizam essas placas requerendo informações atualizadas, o que pode gerar novas alterações”.
Placas reservadas foram suspensas pela Assembleia do Paraná recentemente

A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) anunciou, em 9 de outubro, a suspensão de 14 placas reservadas que eram utilizadas por deputados estaduais.
Pelo menos 14 deputados fizeram a solicitação de mudanças das placas comuns para as reservadas. Os nomes dos políticos não foram divulgados pela Alep.
A alteração nas placas foi autorizada a partir de um projeto de decreto legislativo aprovado no final do ano passado pelos deputados, sancionado pelo então presidente Ademar Traiano (PSD) e que entrou em vigor em 2025.
Além de confirmar a suspensão das 14 placas por meio de nota, a Assembleia também informou à produção do Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, que medidas serão adotadas para que se assegure o uso de placas oficiais exclusivamente aos veículos vinculados ao gabinete militar da Casa e das autoridades da comissão executiva.
Além disso, a nota da Alep ressalta que parlamentares que comprovadamente apresentem razões de segurança pessoal e preservação de sua integridade física deverão requerer análise junto à Casa Militar que vai conceder, ou não, as placas reservadas, de acordo com critérios objetivos.
Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui!