A Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou nesta terça-feira (8) uma moção de apoio aos presos dos protestos de 8 de janeiro e a PL da Anistia, que está sob análise da Câmara dos Deputados.

Dos 38 vereadores de Curitiba, 21 votaram de forma favorável da moção de apoio.
A moção de apoio da Câmara de Curitiba foi protocolada pelos vereadores Eder Borges (PL), em coautoria com Beto Moraes (PSD), Bruno Secco (PMB), Carlise Kwiatkowski (PL), Guilherme Kilter (Novo), Olimpio Araujo Junior (PL) e Sargento Tânia Guerreiro (Pode).
“Queremos incentivar outras câmaras municipais e assembleias legislativas a enviarem ao Congresso Nacional, em massa, moções de apoio à anistia aos presos políticos do 8 de janeiro, para o presidente da Câmara dos Deputados pautar [o PL da Anistia] em regime de urgência”, justificou Eder Borges.
O vereador ainda citou que a PL da Anistia é o tema “que mais mobiliza a sociedade nos dias de hoje” e que vandalismo e depredação de prédio público não podem ser penalizados como Golpe de Estado.
“O Brasil clama por justiça a pessoas presas preventivamente, sem nenhuma prova ou evidência. Senhor Alexandre de Moraes, você é um psicopata, é um mafioso, um criminoso, que prende pessoas inocentes, e o Hugo Motta, presidente da Câmara, é um omisso, que não pauta a anistia, mesmo com diversos partidos pedindo, deputados clamando”, destacou Guilherme KIlter.
Já a vereadora Delegada Tathiana Guzella (União) reconheceu que “houve baderna, sim, mas que devem ser punidos por dano qualificado”.
Guzella ainda convidou os curitibanos a participarem da Marcha do Batom, no domingo, dia 13, com concentração às 14h, na praça Santos Andrade, para uma caminhada em apoio à anistia até a Boca Maldita.
Vereadores da oposição criticam moção de apoio na Câmara
A bancada de oposição se manifestou de forma contrária a moção de apoio na Câmara de Curitiba.
Para Laís Leão (PDT), a moção é uma “firula narrativa para defender depredador do patrimônio público”. Ela qualificou o requerimento protocolado por Eder Borges de “uma completa alucinação histórica, jurídica e narrativa”.
“A lei que vocês querem que seja votada na Câmara Federal anistia ‘manifestantes, caminhoneiros, empresários e todos que tenham participado de manifestações nas rodovias, em frente a unidades militares, e em qualquer lugar do território nacional, do dia 30 de outubro de 2022 ao dia de entrada em vigor desta lei’. Não estamos falando só do 8 de janeiro”, complementou Leão.
Já a vereadora Professora Angela (PSOL) exibiu plenário o vídeo das depredações do 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes.
“Vocês têm espalhado uma narrativa de que eram [na invasão dos prédios públicos] principalmente senhoras, com a bíblia debaixo do braço, que estavam passeando por Brasília, e que a mulher do batom, do nada, pichou a estátua. A gente sabe que essa é uma narrativa para tentar livrar a cara dos que mandam, do Bolsonaro, do Braga Netto, do general Heleno, daqueles que tramaram o assassinato do presidente da República, do vice e do presidente do Supremo Tribunal Federal. É disso que nós estamos falando”, finalizou a vereadora.
Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui!