Curitiba - A vereadora Professora Angela (PSOL) culpou uma “divulgação fora do contexto” pela polêmica da “cartilha pró-drogas”. Essa questão faz a parlamentar enfrentar um processo de cassação do mandato na Câmara Municipal dos Vereadores de Curitiba e ela prestou depoimento à Comissão Processante nesta quinta-feira (16).

Professora Angela, vereadora que enfrenta processo de cassação na Câmara de Curitiba
Vereadora foi denunciada por três parlamentares após evento na Câmara. (Foto: Carlos Costa/CMC)

Fazem parte dessa comissão os vereadores Renan Ceschin (Pode), Olimpio Araujo Junior (PL) e Zezinho Sabará (PSD). Aos parlamentares, Professora Angela defendeu a Política de Redução de Danos contida na cartilha e que a polêmica foi causada por uma divulgação errônea do material.

“A cartilha foi produzida pelo nosso gabinete, com base em materiais do Ministério da Saúde e em experiências de países como Portugal e Suíça. Não há nada de ilegal ou de quebra de decoro em trazer debates como esse para dentro desta Casa. Eu fui eleita representando uma base que quer esse tipo de debate, e nenhum vereador deve ser punido por suas opiniões”, pontuou a vereadora.

Vereadora pode ser cassada em Curitiba? Entenda o processo da “cartilha pró-drogas”

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Vereadora pode ser cassada após acusação de apresentar uma “cartilha pró-droga” na Câmara de Curitiba. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

A denúncia contra Professora Angela foi feita em ação vereadores Bruno Secco (PMB), Da Costa (União) e Sidinei Toaldo (PRD), que foi relator da ação. Os parlamentares apontam que a parlamentar infringiu o código ético-disciplinar da Câmara de Curitiba após divulgar uma cartilha que, supostamente, incentivava o uso de drogas.

O documento que ficou conhecido como “cartilha pró-droga” foi apresentado em uma sessão pública na Câmara de Curitiba, em 8 de agosto. Professora Ângela nega que o material faça apologia ao uso de narcóticos, mas que o documento “divulga e introduz brevemente a estratégia do uso de redução de danos com foco em quem já faz o uso das substâncias”.

Em 1º de setembro, no plenário da Câmara, a maioria dos vereadores decidiu por aceitar a denúncia contra Professora Angela. No mesmo dia foi montada a composição da Comissão Processante.

Caberá a Comissão Processante apresentar um parecer sobre a denúncia contra a vereadora e o pedido de penalidade à parlamentar, que pode variar de suspensão ou até a cassação do mandato.

O último rito é uma nova votação em plenário para decidir sobre a punição determinada pela Comissão.

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Jorge de Sousa

Editor

Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.

Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.