Curitiba - Os vereadores de Curitiba aprovaram na manhã desta terça-feira (11), em primeiro turno, o projeto de lei que institui o vale-creche na capital do Paraná. O texto tramita em regime de urgência e prevê o repasse de um voucher para as famílias com renda de até três salários mínimos para que possam matricular as crianças de zero a três anos na rede privada. 

Vereadores de Curitiba aprovaram, nesta terça-feira (11), o projeto do vale-creche, com o objetivo de oferecer um voucher para famílias com renda de até três períodos mínimos matricularem seus filhos em creches particulares.
A medida gerou debates aquecidos entre a base e a oposição (Foto: Francielly Azevedo / RICtv)

O projeto do vale-creche foi aprovado por 31 votos a favor e seis contrários. Votaram contra a proposta os vereadores do PT, PSOL, PDT e PSB. 

A vice-líder do governo na Casa, Rafaela Lupion (PSD), explicou que o voucher será pago diretamente às instituições de ensino que deverão estar cadastradas no programa. 

“Todo estudo foi feito e detalhado pela secretaria de educação para que não haja desvio de finalidade. Teremos todo crivo e acompanhamento do credenciamento das entidades”, explicou Lupion. 

Críticas e defesas do projeto do vale-creche em Curitiba

A tramitação do projeto que institui o vale-creche em Curitiba foi criticada por vereadores da oposição ao prefeito Eduardo Pimentel (PSD). 

“É muito fácil votar a favor. Difícil mesmo é estudar o projeto, entender as incongruências e elucidar tudo isso. A oposição não é contra a disposição de vagas de creches e sabemos que é um problema na nossa cidade. Estamos questionando a forma pela qual executamos esse projeto. Não tem como você deliberar algo tão importante em um prazo tão limitado”, disse a vereadora Camila Gonda (PSB). 

O vereador Angelo Vanhoni (PT) também questionou a urgência e reforçou a necessidade de se reforçar a rede pública de ensino em Curitiba. 

“Vou votar contra por uma aura de medo. Gostei do projeto e acho importante e um avanço. O prefeito está de parabéns pela forma de enfrentar o problema. Eu acho que nós temos que caminhar para a escola pública”, defendeu o parlamentar. 

Já o líder do prefeito na Câmara, o vereador Serginho do Posto (PSD), defendeu o projeto e disse que a medida é paliativa enquanto novas vagas não são criadas na rede municipal de educação infantil. 

“O projeto tem a segurança jurídica e dá as condições, não terceirizando o serviço municipal em momento algum. Ele não limita a construção de novas creches municipais, que precisam de orçamento e planejamento. Quero esclarecer que o decreto estabelece regras e condições para que essas famílias tenham essas vagas de forma direta”, defendeu o líder do prefeito.

O projeto do vale-creche foi aprovado por 31 votos a favor, mas gerou polêmica entre vereadores da oposição, que questionaram a urgência na tramitação e na execução do programa.
O projeto do vale-creche foi aprovado por 31 votos a favor, mas gerou polêmica entre vereadores da oposição, que questionaram a urgência na tramitação e na execução do programa (Foto: Francielly Azevedo / RICtv)

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Guilherme Fortunato

Editor

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.