A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) repercutiu na sessão desta terça-feira (05) na Câmara de Curitiba. Os vereadores da capital do Paraná aproveitaram para repercutir o assunto já no início da sessão na Casa. Veja o que disseram

Prisão domiciliar de Bolsonaro é discutida por vereadores de Curitiba
Vereadores repercutiram o assunto na sessão desta terça-feira (05) (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/ CMC)

O primeiro a subir na tribuna foi Renan Ceschin (Podemos), que classificou a prisão do ex-mandatário do poder executivo como abuso contra a liberdade de expressão. 

“A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro é um abuso e para aqueles que acham que aqui é uma defesa, o Bolsonaro não é. Quando a liberdade de expressão não é para todos, a gente não está vivendo numa democracia. Eu vivi na Venezuela, eu vi de perto o canal de televisão ser fechado, eu estive lá em 2011, eu vi o canal de televisão ser fechado na rua. O primeiro conselho que o presidente do clube me deu quando eu assinei o contrato, lá ele falou, não fale mal do governo, não fale mal do governo na rua que podem te empreender. E nós estamos indo por esse mesmo caminho e isso é muito perigoso”, afirmou Ceschin.

Outro vereador a defender Bolsonaro foi Guilherme Kilter (Novo). O parlamentar disse que a prisão aconteceu sem condenação e nem evidências de crime. 

“Bolsonaro não foi preso por ser condenado, não foi preso por roubar o INSS, não foi preso porque a Odebrecht fez uma reforma no seu sítio, não foi preso porque acharam dinheiro na cueca, foi preso porque seu filho postou um vídeo falando com o pai, uma ligação de vídeo. Ele estava em casa de tornozeleira eletrônica, isso é conspirar para um golpe, meu Deus do céu. Cadê as evidências?”, concluiu Kilter. 

O vereador Rodrigo Marcial (Novo) afirmou que a discussão não é político-ideológica e acusou Moraes de desrespeitar direitos básicos. 

“Eu venho pra essa tribuna falar não de ideologia, porque é isso que a esquerda tentará fazer nesse debate. Ela tentará transformar isso em uma discussão político-ideológica, mas nós não estamos mais falando de ideologia, nós estamos falando de direitos básicos sendo desrespeitados em nosso país há anos e por liderança daquele que mandou prender justamente Jair Messias Bolsonaro, Alexandre de Moraes”.

Já a vereadora do PSOL, Professora Angela, chamou a prisão domiciliar de Bolsonaro de divisor de águas no Brasil. Além disso, a vereadora chamou o ex-presidente de golpista. 

“Vamos falar hoje de um assunto que é um divisor de águas no Brasil, que é a prisão domiciliar de Jair Messias Bolsonaro, que é um grande passo, um grande passo porque nesse momento o Trump ameaça o Brasil com taxação, fere a nossa soberania e os falsos patriotas estão do lado dos Estados Unidos, chantageando o Brasil em troca de amnistia para o seu líder, para o Bolsonaro, que não é só um golpista. Nós defendemos a prisão do Bolsonaro enquanto ele estava lá na presidência ainda”, reforçou.

Prisão domiciliar de Bolsonaro repercute em políticos do PR

Além dos vereadores, deputados paranaenses e até mesmo o governador Ratinho Junior (PSD), se manifestaram em relação a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. As autoridades paranaenses se dividiram entre a favor e contra a medida. 

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Guilherme Fortunato

Editor

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.

Jornalista há quase 10 anos, especialista em previsão do tempo, coberturas eleitorais, casos policiais e transmissões esportivas. Aborda pautas de acidentes e crimes de repercussão, além de política.