O vice-prefeito de Fazenda Rio Grande, Serjão (PP), deve assumir a gestão da prefeitura interinamente. O atual prefeito, Marco Marcondes (PSD), foi preso na última quinta-feira (9), durante a Operação Fake Care, do Ministério Público do Paraná (MPPR), que investiga um desvio milionário na área da Saúde do município.

Montagem com fotos do vice-prefeito Serjão e do atual prefeito de Fazenda Rio Grande Marco Marcondes
Vice-prefeito Serjão deve assumir a prefeitura de Fazenda Rio Grande interinamente; Marco Marcondes segue preso (Foto: Reprodução/ Redes Sociais/ Igor Barrankievicz)

Além do prefeito de Fazenda Rio Grande, também foram presos o secretário municipal da Saúde, Francisco Roberto Barbosa, os sócios da AGP Saúde, Samuel Antonio da Silva Nunes e Abrilino Fernandes Gomes, e o auditor do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) Alberto Martins de Faria

O vice-prefeito aguarda a notificação para assumir a prefeitura interinamente. Neste domingo (12), em conversa com o portal RIC.com.br, Serjão declarou que segue trabalhando normalmente nas funções de vice-prefeito.

A Prefeitura de Fazenda Rio Grande informou que aguarda as formalidades para a substituição temporária do chefe do poder executivo pelo vice-prefeito.

Operação prende prefeito de Fazenda Rio Grande

A operação visa desarticular uma organização criminosa voltada à prática de crimes contra a administração pública na área da Saúde de Fazenda Rio Grande. Entre as investigações estão a suspeita de corrupção ativa e passiva, contratação direta ilegal, peculato e lavagem de dinheiro, por servidores públicos e particulares. 

As apurações do GAECO mostraram que desde 2022, a Prefeitura de Fazenda Rio Grande e a AGP Saúde estabeleceram contratos para a prestação de serviços. Mas algumas dessas prestações, como, por exemplo, a testagem domiciliar, poderiam ter sido executadas com maior qualidade e menos custos pelo Serviço Único de Saúde (SUS).

Além disso, os valores pagos pela Prefeitura de Fazenda Rio Grande à AGP Saúde foram denominados como “incompatíveis com os serviços prestados” pelo Ministério Público, o que pode caracterizar “superfaturamento” e “desvio de recursos”.

Somente em contratos com a Prefeitura de Fazenda Rio Grande, a AGP Saúde teria recebido mais de R$ 9,5 milhões. Mas acordos com outras prefeituras da Região Metropolitana de Curitiba, como Campina Grande do Sul e Quatro Barras.

Conheça as funções de cada investigado em esquema criminoso:

  • Marco Antonio Marcondes Silva (prefeito) e Francisco Roberto Barbosa (secretário): suspeitos de autorizarem o processo de dispensa de licitação que beneficiou a empresa.
  • Abrilino Fernandes Gomes: suspeito de atuar como intermediário entre prefeituras e a empresa.
  • Samuel Antonio da Silva Nunes: era o proprietário formal da empresa, usada como laranja para ocultar os verdadeiros responsáveis.
  • Alberto Martins de Faria: auditor do Tribunal de Contas, apontado como o chefe e autor intelectual do esquema.

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Guilherme Becker
Guilherme Becker

Editor

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.