Câmeras em leões-marinhos ajudam cientistas a desvendar mistérios do mar

Estudo busca compreender a adaptação dos leões-marinhos em diferentes habitats e ajudar o ambiente dos animais, que estão ameaçados

Publicado em 9 ago 2024, às 12h06. Atualizado às 12h07.

Os mistérios do mar podem estar próximos do fim. Cientistas colocaram câmeras em leões-marinhos e podem fazer descobertas importantes para entender melhor a vida marinha e sua formação como um todo.

Leões-marinhos
Estudos vão ajudar os leões-marinhos | Foto: Reprodução / Youtube

O trabalho é de Nathan Angelakis, um doutorando da Universidade de Adelaide, na Austrália, e o “jornal Frontiers in Marine Science” divulgou. No estudo, Daphne, Phoebe, Iris e Pasithea, quatro leões-marinhos, foram para o fundo do mar com câmeras.

Os animais mergulharam por partes do oceano da costa sul da Austrália que os pesquisadores jamais viram. Aliás, as filmagens mostram algas marinhas, rochas recobertas de corais e uma mãe leão-marinho ensinando o filhote a caçar.

A intenção de Angelakis é entender como os leões-marinhos utilizam diferentes habitats. Além disso, busca compreender como o ser humano pode gerenciar esses lugares e evitar a degradação dos ambientes do animal, que está muito ameaçado.

+ Animais na Lua? Cientistas planejam levar células congeladas

As câmeras nos leões-marinhos

Como foi feito? Com a aprovação das autoridades de conservação marinha, Angelakis e sua equipe aplicaram um leve sedativo nos quatro leões-marinhos. Depois, colaram pedaços de material sintético de roupa de mergulho nas costas e cabeças deles. Por fim, anexaram pequenas câmeras e dispositivos para rastrear tanto a velocidade quanto a localização.

Em geral, os cientistas utilizam veículos operados remotamente e câmeras rebocadas por embarcações subaquáticas para mapear o fundo do mar. Contudo, o uso é desafiador e caro. Desta forma, colocar câmeras nos leões-marinhos é uma ótima alternativa para o estudo. Inclusive, vale destacar que esses bichos mergulham cerca de 91 metros abaixo da superfície enquanto caçam.

+ Geleiras nos Andes têm recuo que choca cientistas