Gato gripado: saiba as causas, como evitar e os possíveis tratamentos
Tudo parece bem, até que os primeiros espirros são vistos pelo tutor. Depois deles, lacrimejamento ocular e outros sinais que acometem o gato gripado. É hora de correr para o médico-veterinário e começar o tratamento. Contudo, o melhor é evitar a doença.
Conheça os sintomas da gripe felina e saiba como evitá-la!
Gato gripado: o que causa essa doença?
A doença que deixa o gato resfriado é chamada de rinotraqueíte felina. Ela é muito semelhante à gripe que acomete pessoas e pode ser causada pelo herpesvírus e/ou pelo calicivírus felino.
É possível que o problema de saúde seja agravado por bactérias oportunistas, e a evolução para quadros mais graves, como pneumonia, pode acontecer. Por isso, a rinotraqueíte felina merece a atenção do tutor e requer um tratamento adequado.
Embora o aparecimento da gripe em gatos seja mais comum em animais jovens, ela pode acometer felinos de qualquer idade. No geral, quando a doença é causada pelo calicivírus, ela tem duração aproximada de uma a duas semanas. Já no caso do herpesvírus, o ciclo da doença é maior e varia entre duas e quatro semanas.
Sinais clínicos apresentados pelo animal gripado
Uma vez acometido pelos causadores da rinotraqueíte felina, o gato gripado apresenta sinais de doenças respiratórias. No geral, é possível observar:
- Espirros;
- Febre;
- Apatia;
- Diminuição do apetite;
- Secreção ocular com ou sem a presença de ceratite ulcerativa (lesões na córnea);
- Secreção nasal;
- Blefarospasmo (piscadelas involuntárias),
- Tosse.
Os sinais clínicos que o gato com gripe apresenta variam de acordo com o indivíduo e com o avanço da doença. Gatos que já possuem um problema de saúde crônico e, consequentemente, têm o organismo mais debilitado, costumam apresentar sinais mais intensos. O mesmo acontece com pets idosos.
Seja como for, caso seu bichano apresente algum dos sintomas listados acima, leve-o a uma consulta veterinária para uma avaliação.
Transmissão da gripe felina
A doença é altamente contagiosa. A transmissão pode acontecer por contato direto entre um animal e outro e também por fômites (superfícies que carregam os vírus).
Assim, o vírus pode estar presente, por exemplo, em comedouros e bebedouros que foram usados por animais infectados e, dessa forma, quando um pet saudável usar esses objetos, pode acabar doente.
Após ter contato com o vírus, o felino pode levar até duas semanas para apresentar os primeiros sinais clínicos.
Há casos, no entanto, nos quais o gato possui o vírus e não apresenta nenhum sinal. Nessa situação, embora o bichano fique bem, ele pode transmitir a doença para outros gatos.
É importante deixar claro que a rinotraqueíte felina não é transmitida para cães nem para humanos (não é uma zoonose).
Tratamento da rinotraqueíte felina
Não existe um remédio para gripe de gato que seja específico. O tratamento indicado é para minimizar os sinais clínicos e controlar, ou impedir, a ação de bactérias oportunistas.
Para isso, o médico-veterinário costuma avaliar o pet e indicar um antibiótico de amplo espectro. Dependendo da avaliação, pode ser indicado o uso de antitérmicos e colírios.
É importante também manter desobstruídas as vias respiratórias do animal, usando solução fisiológica para realizar a limpeza.
Em casos mais graves, pode ser necessário internar o felino, para que ele seja submetido à fluidoterapia. No geral, isso acontece quando o tutor nota os primeiros sinais clínicos, mas demora para levar o animal ao médico-veterinário e só o faz quando a doença já está avançada e as condições do animal requerem uma terapia intensiva.
Além disso, quando o gato gripado é filhote, ele poderá precisar de suporte nutricional, para que o organismo tenha condições de combater o causador da rinotraqueíte felina.
No geral, quando o paciente é tratado logo e corretamente, o prognóstico é favorável. Contudo, em animais debilitados, desnutridos ou muito jovens, as chances de complicações aumentam.
Como evitar que o animal adoeça
Se você estiver preocupado com a saúde do bichano e com medo de que ele fique resfriado, é bom saber que há uma vacina! Comumente, a primeira dose é aplicada quando o felino tem nove semanas de idade.
Depois disso, há a administração do reforço _são mais duas doses, com três a quatro semanas entre elas. Feito isso, é importante levar o gato para ser vacinado uma vez ao ano. Embora esse seja o protocolo mais usado, o médico-veterinário poderá alterá-lo, de acordo com o caso.
Além de manter a vacinação do pet em dia, é indicado isolar o animal doente dos demais, bem como evitar que o gato tenha acesso à rua, para minimizar as chances de infecção.
Fonte: Seres