Jardineira cuida de até 200 gatos no Paraná por amor aos pets, entenda história
A jardineira Fátima Brumatte, de 54 anos, cuida de quase 200 gatos em sua chácara localizada em Ibiporã, cidade que faz divisa com Londrina, no Norte do Paraná. Ao longo dos últimos 10 anos ela adota os animais abandonados e gasta quase R$ 5 mil em ração para manter os pets.
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De acordo com Fátima, os gatos são em grande maioria adultos, e todos são castrados e vacinados. “Posso até passar fome, mas eles não”, diz a cuidadora. Ela conta que usa diariamente um saco de 20 kg de ração, que custa cerca de R$ 165, para alimentar os pets.
Brumatte, que é pensionista e trabalha com jardinagem, conta que aceita doações de sacos de ração ou dinheiro para comprar o alimento. “Tudo que eu fiz até hoje por eles eu não me arrependo, tem gente que fala que tudo que eu gastei com os gatos eu podia comprar uma casa, mas eu faço por amor”, explica a cuidadora.
Ela ainda conta que nunca nenhum gato adotado se reproduziu.
Trajetória até 200 gatos
Fátima morava em Maringá quando adotou os primeiros felinos. “Eu morava sozinha quando soltaram um gatinho macho, indo para o trabalho eu achei mais duas fêmeas, mas quando voltei o cara (morador da cidade) tinha matado uma, aí eu peguei os animais e fiquei só nisso”. Com o tempo, ela foi se mudando de cidade e adotando mais animais abandonados, até que passou a morar em Arapongas, ao lado de um pet shop.
Ela conta que o dono do estabelecimento sabia que ela era cuidadora e por este motivo, deixava mais animais na frente de sua casa para que ela pudesse cuidar, mas nesta época ela ainda não conhecia a adoção. “Não passava pela minha cabeça que as pessoas podiam adotar”, conta.
Ao se mudar para Cambé, Fátima enfrentou problemas com os vizinhos, que se incomodavam com os felinos, mesmo eles não tendo vida livre e ficando apenas dentro de casa, como ela aponta.
Segundo Brumatte, ela passou a doar os animais “se eu tivesse ficado com todos eu teria uns 500 gatos”. Porém, apesar de serem doados, muitas pessoas acabam devolvendo os animais, principalmente quando eles já são adultos. Ela explica que doa os gatos, mas que faz questão de cuidar muito bem deles enquanto estão com ela.
Uma rotina com felinos
A cuidadora acorda todos os dias às 4h e sai para trabalhar às 8h, mas antes disso ela dá remédio para os gatos que precisam, patê para os filhotes e vitamina para os que mais precisam, apesar de nenhum animal estar com a saúde debilitada. Após dar ração para os animais, ela sai para trabalhar. “Pego a bicicleta com a ferramenta de trabalho e vou para o serviço, e quando volto repito tudo novamente”.
Ela ainda explica que trabalha muito para manter os animais: “eu saio com café da manhã e só volto para jantar”. Apesar das dificuldades, ela mostra seu amor pela prática. “Quando eu chego a tarde eles ficam no portão me esperando, as cabecinhas pretas e brancas me esperando, é tipo um assalto, ‘mãos ao alto’, e ficam esperando eu pegar no colo”.
rotina: levabti 4 da manha todo dia, 8 hrs saio de casa, dou remedio para os doentes, pate para os bebes, vitamina para os gatos mais debilidatos, eu saio com café da manha e só volto para jantar, pego a bicilceta com a ferramenta de trabalho e vou para o serviçi, e quando volto repito tudo de novo.
Para doar ração ou dinheiro para comprar o alimento, é possível entrar em contato com a cuidadora pelo Facebook (clique e acesse).