Turista americana foi devorada por tubarão após passar mal em mergulho
Amigos da turista americana, cujos restos mortais foram encontrados no estômago de um tubarão, em Timor Leste, afirmaram que ela não foi vítima do ataque do animal. Eles acreditam que ela tenha morrido após passar mal durante o mergulho ao redor da ilha de Pulau Reong, na Indonésia. O local é muito procurado por frequentadores por conta da excelente visibilidade.
Colleen, que nasceu em Dakota do Sul, nos Estados Unidos, seu marido Mike e alguns amigos curtiam uma viagem de mergulho ao redor da Ilha de Pulau Reong, no arquipélago de Alor, na província de Maluku, na Indonésia. A região é famosa pela excelente visibilidade subaquática. Dessa forma, ela aproveitava os dias no local quando foi arrastada por fortes correntes em 26 de setembro, disse o amigo Rick Sass. O guia do barco no qual eles haviam contratado não conseguiu puxá-la de volta.
Assim, no último domingo (6), duas semanas depois do ocorrido, um pescador fisgou um tubarão em Timor Leste, a mais de 100km do local onde ela havia sumido estranhamente. Ele afirmou que o animal não parecia estar bem e aproveitou para abri-lo com o intuito de descobrir o motivo, quando viu os restos mortais de uma pessoa dentro dele.
“O tubarão foi pego, mas não estava com saúde normal. Achei que tivesse engolido plástico ou uma rede de pesca. Ele foi aberto para encontrar o problema e dentro havia os restos mortais de uma mulher”, informou o pescador ao “NY Post”.
Amigos acreditam que Colleen não foi atacada pelo peixe
As autoridades identificaram Colleen pelas impressões digitais, de acordo com o amigo Rick Sass.
“Não acreditamos que tenha sido um ataque de tubarão. Mike acha que ela sofreu algum tipo de problema médico na água”, Sass disse ao “NY Post”. O corpo, já sem vida, teria sido comido por um tubarão.
Sass e sua esposa, Kim, administram uma loja de mergulho há mais de 40 anos, analisaram fotos do mergulho, conversaram com Mike sobre o desaparecimento e revisaram dados de seu computador.
Dessa forma, os amigos estão convencidos de que Colleen tenha sido separada do grupo por conta das águas turbulentas. Ela estava a cerca de 7,3 metros de profundidade e, muito provavelmente, com apenas meio tanque de oxigênio.
“Havia uma corrente descendente no local de retorno, mas era administrável. Eu facilmente fiz mais de 1 mil mergulhos com essa mulher graciosa. Não acredito que tenha sido o ambiente e certamente não foi um tubarão que acabou com a vida dela”, disse Kim Sass.
“Eles mergulharam num número enorme de viagens conosco ao longo de 30 anos. Bali, Filipinas, Atol de Bikini, o que você quiser. Ela sabia o que estava fazendo”, declarou Rick.
Ataques de tubarão são raros na Indonésia
De acordo com autoridades locais, o corpo estava com uma roupa preta de mergulho. Análise de DNA vai identificar a vítima. Contudo, tudo indica que seja Colleen.
“Pelo traje de mergulho usado pela vítima, suspeita-se que ela fosse uma mergulhadora. Os resultados da investigação serão publicados logo após informações mais completas estarem disponíveis”, disse uma autoridade.
A Indonésia não costuma ser um local com muitos ataques de tubarão. Desde 1749, apenas 11 incidentes foram relatados, segundo informações do Arquivo Internacional de Ataques do Tubarão publicadas no início deste ano.