Vídeo: Pinguins voltam ao mar após reabilitação no Paraná

por Beatriz Tsutsumi
Com revisão de Guilherme Fortunato
Publicado em 12 dez 2022, às 16h38.

Foram soltos na última quinta-feira (8) onze Pinguins-de-Magalhães na praia Pontal do Sul, no Litoral do Paraná, após dois meses e meio em reabilitação. Esta é a primeira vez em sete anos que o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) realiza a soltura dos pinguins no litoral paranaense. Ao todo foram soltos 29 pinguins em três grupos, sendo o terceiro e último grupo, na semana passada. 

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A reabilitação das aves é realizada pela equipe do Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) da UFPR, responsável pelo trecho paranaense do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), cobrindo os municípios de Guaraqueçaba, Paranaguá, Pontal do Paraná, Matinhos, Guaratuba. 

As aves marinhas que foram resgatadas nas praias do litoral paranaense apresentavam quadros de desnutrição e debilitação. A equipe de veterinários, biólogos, oceanógrafos e tratadores da PMP-BS/UFPR fez todos os procedimentos e tratamentos necessários para a recuperação dos animais e assim o retorno deles ao mar. 

Segundo o médico veterinário Fábio Henrique de Lima, devido ao calor da época em que os pinguins foram resgatados, a reabilitação foi um tanto desafiadora, mas ainda assim, a equipe demonstrou resultados promissores. Além das altas temperaturas, houve também a preocupação com as mudanças das correntes marinhas que acontecem nesta época do ano. As correntes são essenciais para a migração dos pinguins para suas colônias. “A soltura aconteceu com tempo hábil para os pinguins se adaptarem e voltarem à natureza”, pontuou Lima.

A soltura é um momento de consolidação do trabalho de atendimento à fauna marinha executado por toda equipe PMP-BS, e de acordo com Lima “soltar esses animais pela terceira vez é reafirmar os votos do trabalho de conservação que nós estamos realizando constantemente.”

Os pinguins

A espécie Pinguins-de-Magalhães vive na região do Estreito de Magalhães, entre a Patagônia Argentina e Chilena. Durante o inverno eles nadam cerca de 4.000km até os litorais brasileiros em busca de alimento. No final da primavera as aves precisam voltar ao Sul, e em decorrência ao deslocamento, algumas delas ficam debilitadas e encalham nas praias. 

Com o resgate e tratamento dos animais, a equipe PMP-BS/LEC-UFPR forma grupos de pinguins saudáveis para devolvê-los ao mar, dado que a espécie tem um comportamento natural de convivência em bandos. A formação de grupos para soltura contribui para a garantia da sobrevivência e de melhores condições de migração para os animais reabilitados na volta à Patagônia.

Confira o vídeo:

(Vídeo: Divulgação/UFPR)