Árvores caídas em Maringá? Saiba para onde vão os galhos e folhas
As árvores, que melhoram o ar, dão sombra e enfeitam a cidade com suas cores, também contribuem para o sustento e a vida mais saudável dos maringaenses. No entanto, com mais árvores na cidade, também aumenta a demanda pela limpeza de folhas e galhos, que caem naturalmente das plantas. Mas o que fazer com todo esse material recolhido?
Em Maringá, este material orgânico é transformado em adubo, através de um processo de compostagem. A Prefeitura de Maringá utiliza triturado de folhas e pequenos galhos de árvores recolhidos nas ruas, praças e canteiros, junto a materiais como palha (de milho ou soja), cinzas de caldeira e esterco de boi.
Este material é destinado a 39 hortas comunitárias e do Viveiro Municipal da cidade. O solo fértil é fundamental para melhorar a renda e a vida das 1.200 famílias envolvidas nas hortas, além de proporcionar alimentos de qualidade. Assim, a Cidade Árvore do Mundo encontra caminhos naturais para ser ambientalmente sustentável.
O triturado de folhas de árvores é recolhido pelas equipes da Secretaria de Limpeza Urbana. São necessárias 2,7 mil toneladas por ano. É o maior resíduo utilizado na compostagem. O esterco de boi é destinado por um frigorífico local e, neste ano, também houve a doação de 100 toneladas produzidas pelo gado durante a Expoingá. O processo de decomposição dos materiais leva de 90 a 120 dias para ser concluído.
Anualmente, são produzidas 900 toneladas de adubo na Central de Compostagem. A Secretaria de Trabalho, Renda e Agricultura Familiar (SeTrab) produz e entrega periodicamente o composto nas hortas e do viveiro. A diretora de Agricultura e Pecuária, Sami Messias, explica que a compostagem é fundamental para garantir o solo fértil dos espaços e a produção agroecológica das hortas, sem o uso de agrotóxico.
“É um ciclo fechado de sustentabilidade. O resíduo que poderia contaminar o meio ambiente é utilizado como adubo para produção de uma alimentação saudável e que beneficia milhares de famílias maringaenses”, afirma o secretário da SeTrab, Francisco Favoto.