Comer ou estudar: órfã que passou no vestibular da UEPG fez escolhas difíceis
Vanusa Gonçalves dos Santos, de 21 anos, a jovem órfã em situação de rua, e que passou em Letras na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), precisou fazer escolhas difíceis.
Com os pais separados, a jovem morava com os avós em Reserva, na região Central do Paraná. Quando tinha 11 anos, sua mãe morreu num acidente de trânsito. Então foi morar com o pai em Ponta Grossa. Mas ele morreu de câncer em 2021, quando Vanusa tinha 18 anos. Ela ainda morou com um parente ou outro. Mas se obrigou a sair e tomar seu rumo sozinha.
Primeiro ela foi para Londrina, no Norte do Paraná. Mas passou por muitas situações ruins, morou na rua, foi maltratada. Voltou a Ponta Grossa, onde passou a frequentar os Centros POP e dormir nos albergues.
Vendia paçocas na cidade para sustentar o seu celular e poder estudar, usando a internet da rodoviária. Refazia provas antigas do Enem e assistia vídeos de aulões do Enem no Youtube.
Das 8h às 19h, não é permitido frequentar o albergue. Para comer, poderia ir ao Centro POP tomar café, ou almoçar no restaurante popular. Mas se fizesse isso, não daria tempo de estudar. Então alternava o tempo de dia vendendo paçoca e estudando na rodoviária.
“Minha fé sempre viveu em Deus. Fui firme”, concluiu Vanusa, que depois de Letras, sonha em fazer Direito e ser promotora de Justiça.
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