Maringá planeja resolver crise hídrica do Parque do Ingá com construção de poços e monitoramento tecnológico

Publicado em 8 jun 2022, às 10h52.

A Prefeitura de Maringá planeja a construção de poços e a instalação de equipamentos de monitoramento no Parque do Ingá, com o objetivo de resolver o problema hídrico do local. As medidas seguem recomendação da Universidade Estadual de Maringá (UEM), que apresentou nesta terça-feira (7) um estudo sobre a situação.

A Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico (Fadec), vinculada à UEM, apresentou o primeiro relatório da parceria firmada com o município para buscar soluções sobre o problema hídrico no parque. O relatório identifica que o cenário atual do lago do Parque do Ingá é causado por múltiplos fatores climáticos e históricos.

Segundo o documento, a impermeabilização do solo e a rede de drenagem insuficiente são alguns dos fatores que impedem que a água da chuva infiltre e retorne ao lago. Além disso, o desvio da água que era lançada no lago e a escassez hídrica a partir de 2019 também contribuíram para o cenário.

O estudo apresentou algumas recomendações ao município, que já trabalha para colocá-las em prática. Uma das possibilidades para melhorar a drenagem e evitar alagamentos no entorno do parque é a instalação de dois poços de infiltração em bocas de lobo.

Outra recomendação da equipe é a instalação de monitoramento climatológico, hidrológico e hidráulico no parque. Os equipamentos permitem o acompanhamento da chuva e também do nível da água do lago, além da temperatura, velocidade, qualidade e outros aspectos.

Soluções

Segundo a prefeitura, técnicos do Instituto Ambiental de Maringá (IAM) dialogam com a Procuradoria Geral do município sobre a melhor forma de execução dos poços de infiltração. Há a possibilidade de parcerias público-privadas para a instalação dos poços. Já os equipamentos de monitoramento estão em fase de orçamento e devem ser licitados em breve.

A gestão municipal assinou a parceria com a Fadec no ano passado. Esse é o primeiro de três relatórios que serão entregues pela fundação até setembro de 2022. A segunda etapa do estudo também já foi finalizada e deve ser apresentada nos próximos dias.