Mercados terão que isolar prateleiras do acesso ao público. Entenda!

Publicado em 13 mar 2021, às 21h33. Atualizado às 21h47.

A partir de segunda-feira (15), deverá ser comum, a quem for aos supermercados de Curitiba, ver algumas prateleiras de produtos isoladas por faixas, lonas e avisos, sem que o cliente possa colocar aqueles produtos em suas cestas de compras. Isto porque o decreto da bandeira vermelha (lockdown), determinado pelo prefeito Rafael Greca, na sexta-feira (12), determina que os mercados só podem vender produtos essenciais (alimentos, bebidas, higiene e limpeza). Tudo o que não for essencial, deve ser isolado do público.

Aliás, não são somente supermercados que deverão entrar nesta regra. Outros estabelecimentos também terão que realizar o isolamento. São eles: restaurantes e lanchonetes; panificadoras, padarias e confeitarias de rua; comércio varejista de hortifrutigranjeiros, quitandas, mercearias, distribuidoras de bebidas, peixarias e açougues; mercados, supermercados e hipermercados; e comércio de produtos e alimentos para animais.

Um dos trechos do decreto 565/2021, da prefeitura de Curitiba, diz o seguinte:

§5º Nos estabelecimentos, que prestam os serviços e atividades previstos nos incisos I a III deste artigo (artigo 4.º), é permitida apenas a comercialização de produtos essenciais (alimentos, bebidas, higiene e limpeza) para humanos e animais, devendo os demais setores serem isolados.

Apesar da bandeira vermelha ter começado a valer desde a meia-noite deste sábado, os supermercados e demais estabelecimentos ainda não tinham entrado nesta regra de isolamento. Compreensível, visto que o prefeito Rafael Greca falou do lockdown apenas quatro horas antes dele começar a valer. E o decreto, em si, onde todas estas regras detalhadas foram conhecidas a público, só foi publicado às 23h de sexta-feira, ou seja, apenas uma hora antes de começar a valer. Desta forma, nenhum estabelecimento teve tempo hábil para se adequar.

Mas, na segunda-feira (15), é possível que já seja comum ver prateleiras isoladas, ou funcionários providenciando os isolamentos e orientações aos clientes.

Apras receia que mercados não consigam cumprir a medida

A Associação Paranaense dos Supermercados (Apras), disse que irá orientar seus associados a cumprir não só esta, bem como todas as outras medidas determinadas pelas autoridades. Porém teme que os mercados não consigam cumprir a medida, por causa da organização que alguns mercados têm em suas prateleiras, com produtos essenciais e não essenciais dispostos lado a lado na mesma seção.

Já em relação às outrs medidas, a Apras disse não ver problema e irá orientar o cumprimento de todas as regas, entre elas: apenas uma pessoa da família pode ir ao mercado fazer compras e está proibida a entrada de crianças nos estabelecimentos. A entrada de pessoas no estabelecimento deve ser limitada a 50% da capacidade.

Veja na íntegra a manifestação da Apras em relação à bandeira vermelha em Curitiba:

Comunicado APRAS – Lockdown em Curitiba

Sobre o Decreto Municipal nº 565, que instaurou o Lockdown em Curitiba, a Apras (Associação Paranaense de Supermercados) informa que acata a decisão da Prefeitura e irá orientar todos os seus associados para que se adequem às medidas, mas se preocupa com a redução do horário de funcionamento dos supermercados e alerta que a medida pode gerar grandes concentrações de pessoas buscando as lojas para suprir suas necessidades básicas.

Como a maior parte da população estará em casa, aumentará a necessidade de compras essenciais, visto que antes as pessoas acabavam se alimentando no trabalho ou em outros locais.

Outra preocupação é com a dificuldade para realizar o isolamento das áreas não essenciais. Hoje, as redes supermercadistas costumam realizar um gerenciamento de categorias que nem sempre concentra todos os produtos de um setor em apenas um local, o que dificulta ainda mais o trabalho.

A Apras destaca que os supermercados estão correndo contra o tempo para se adequar ao decreto e agindo com foco na segurança e na saúde de todos. A entidade pede para que a população colabore e ajude o setor, evitando aglomeração externa nas lojas e respeitando a decisão da Prefeitura de que apenas um membro da família vá às compras. Outro pedido é que os clientes entendam que os colaboradores dos supermercados não estão medindo esforços para melhor atender a todos e que trabalham no cumprimento das normas estabelecidas no decreto. A Apras acredita que com a compreensão e a colaboração de todos, será mais fácil vencermos esta guerra contra a Covid.

A Associação também ressalta que o momento é, de fato, difícil e lamenta que a cidade tenha chegado a um ponto crítico como este.

Veja o isolamento em um dos mercados em Curitiba: