Moradores de fora descartam animais mortos e entulhos em conjunto habitacional de Piraquara

por Caroline Maltaca
com informações da RIC Record TV e supervisão Caroline Berticelli
Publicado em 9 nov 2021, às 16h10.

Moradores do conjunto Madre Teresa de Calcutá, localizado em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, têm enfrentado no dia a dia um descaso por parte do poder público. Isso porque, desde 2013, o local se tornou um verdadeiro lixão a céu aberto devido ao descarte irregular de restos de obras, de imóveis usados e até mesmo, de animais mortos de moradores da redondeza. (Assista reportagem abaixo)

Diante da situação, a equipe do Balanço Geral da RIC Record TV foi até o conjunto e se deparou com um cenário de riscos eminentes, principalmente, em relação a saúde e a qualidade de vida das 694 famílias que habitam na comunidade.

“[Sobre a prefeitura], eles passam pedindo que coloquemos o lixo e os entulhos pra fora. A gente já ficou esperando e eles não passaram”

comenta o morador Cléber Terres.

Para a dona de casa Geci dos Santos, moradora do conjunto, com a grande quantia de lixo nas ciclovias e nas esquinas do local, muitos animais indesejados passaram a frequentar a casa dos moradores. Vivendo com seus dois netos, ela conta que todo dia precisa limpar os armários, pois ratos grandes entram e furam os pacotes de comida.

“O que me da medo é que eu tenho criança aqui dentro de casa. Eu tenho dois neto que moram comigo e eu tenho que todo dia tirar as coisas do armário para limpar. Fora a louça, que tem que lavar toda hora que for usar”.

Diferente do que a prefeitura alega, a líder da comunidade, Célia Silva, garante que os entulhos não são dos residentes da comunidade, mas sim de pessoas de fora que vão até o lugar para “descartar o que é inútil para eles”.

Versão da prefeitura

De acordo com a nota encaminhada ao Grupo RIC, a prefeitura afirma que há 90 dias funcionários estiveram no local com 16 caminhões para tirar os lixos e que tem analisado futuras ações para a comunidade. Apesar da afirmação, os moradores garantem que nem dois caminhões estiveram no local e que a prefeitura insiste em acreditar que o lixo acumulado pertence a eles.

Veja reportagem completa: