Oeste do Paraná também pode ter rodízio de água

por Redação RIC.com.br
com informações da AEN
Publicado em 8 nov 2020, às 11h24. Atualizado às 11h58.

A crise hídrica acendeu o alerta amarelo em Cascavel, no Oeste do Paraná, e coloca em risco o fornecimento de água tratada para a população. Os rios Cascavel, Peroba e Saltinho e o mais novo manancial de abastecimento, o São José, que entrou em operação no fim de semana passado, registram queda de vazão acima de 40%. Além desses rios, 16 poços e o Lago Municipal contribuem para o fornecimento de água aos mais de 330 mil moradores da cidade.

O Oeste do Estado, assim como outras regiões, sofre com a falta regular de chuvas desde o ano passado, quando o volume de precipitação ficou mais de 60% abaixo da média dos últimos sete anos. De janeiro até agora, choveu em Cascavel apenas 945 milímetros. No ano passado, mesmo em estiagem, o volume foi 1.334 milímetros de janeiro até o início de novembro. Técnicos do Simepar apontam que as chuvas regulares e com capacidade para amenizar os efeitos da estiagem só devem ocorrer a partir de fevereiro do próximo ano.

CONFIRA A TABELA DO RODÍZIO DE ÁGUA EM CURITIBA E REGIÃO ATÉ DIA 12 DE NOVEMBRO

O abastecimento de Cascavel já havia ficado em estado de alerta de setembro a dezembro do ano passado, e foi necessário implantar rodízio por pelo menos 21 dias. Desde então, foram adotadas todas as alternativas disponíveis, como a captação emergencial do Rio Peroba, a abertura do registro de saída de água do Lago Municipal e a operacionalização da nova captação de água do São José.

Para manter o fornecimento de água de forma regular agora, são necessárias chuvas com volume significativo e o apoio da população no uso racional da água. A gerente-geral da Sanepar, Rita Camana, explica que não existem outras fontes para abastecer Cascavel. “Todas as medidas técnicas e operacionais ao alcance da Sanepar já foram tomadas. Com a água escasseando nos mananciais e com o consumo se elevando a cada dia, não há outra opção a não ser voltar com o rodízio no abastecimento”, alerta Camana.

A crise hídrica, decorrente da maior estiagem da história do Paraná, deve se prolongar. A Sanepar reforça que todos devem fazer consumo consciente de água, incentivando e propagando as orientações de economia e redução no uso. Confira dicas para atingir esse objetivo.