Paranaenses são enviados ao Chile para combates de grandes incêndios: 'É um orgulho fazer parte'

por Beatriz Tsutsumi
Com informações de AEN/PR e revisão de Luciano Balarotti
Publicado em 17 fev 2023, às 15h53.

Dois paranaenses estão atuando no combate aos incêndios florestais do Chile, que já deixaram ao menos 26 mortos e 2.180 feridos no país. Eles integram uma equipe de 36 profissionais da Força Nacional brasileira que viajaram por cinco dias até chegar ao Chile na quarta-feira (15) para ajudar a controlar as chamas e prestar auxílio à população local.

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Entre os paranaenses está o sargento do Corpo de Bombeiros Natanael Ronerson Kovalski, que já tem experiência com operações de emergência internacionais. Em 2019, ele esteve em Moçambique após a passagem de um ciclone pelo país africano. Dois anos depois, participou de uma operação no Haiti em decorrência dos terremotos de 2021.

A Força Nacional brasileira atua em ações de ajuda humanitária, situações de calamidade pública e emergências. Os governos da Espanha, México, Colômbia, Venezuela, Equador e Argentina também já enviaram suporte, totalizando cerca de 3 mil brigadistas e 3,6 mil bombeiros voluntários atuando na catástrofe ambiental.

Desde o primeiro dia em que chegaram à região de Maule, no Centro-Sul chileno, os paranaenses e demais profissionais iniciaram as operações sob o comando da brigada chilena. “Assim que chegamos recebemos a nossa primeira missão. Fizemos o reconhecimento da área e permanecemos a noite inteira fazendo a proteção de algumas casas que estão próximas da floresta e corriam o risco de queimar”, informou.

Nesta sexta-feira (17), os profissionais realizaram um trabalho preventivo para diminuir a velocidade de propagação dos incêndios e preservar o parque nacional, localizado próximo ao vulcão Maule.

Os incêndios florestais são comuns nesta época de verão com recorde de temperaturas altas no Chile, mas neste ano se intensificaram mais do que o normal em ao menos quatro regiões do país: Maule, Ñuble, Biobío e Araucanía. São ao menos 300 focos de incêndio que se alastram por zonas rurais e ganham mais força ao encontrarem a vegetação mais robusta existente nos parques nacionais.

O soldado da Polícia Militar do Paraná Geovane Lins Mota dos Santos foi o condutor do ônibus que levou a tropa brasileira, partindo de Brasília, na última sexta-feira (10), até a comuna de Longaví, no Chile, onde chegaram cinco dias depois. Em 2019, Santos já havia trabalhado nas operações de resgate da tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, quando o rompimento de uma barragem deixou 270 mortos, três desaparecidos e milhares de desabrigados.

Operações

O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná já participou de outras operações de combate a incêndios florestais em outros estados. Entre eles, a corporação atuou na região amazônica, no Pará, em 2019, no Pantanal, em Mato Grosso do Sul, e na operação Guardião dos Biomas, em diversas regiões do País, em 2021.