Urbs muda trajeto da linha Cabral/Portão após moradores incendiarem ônibus na Vila Torres
A Urbanização de Curitiba (Urbs) mudou temporariamente o trajeto da linha Cabral/Portão por questões de segurança. A mudança ocorreu após moradores da região da Vila Torres, no bairro Prado Velho, atearem fogo num coletivo da linha pela segunda vez este ano.
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A alteração entrou em vigor nesta terça-feira (22). No dia anterior, moradores pararam o ônibus no cruzamento das ruas Manoel Martins de Abreu e Chile, mandaram os passageiros descerem e atearam fogo. Houve perda total do veículo, num prejuízo que ultrapassa R$ 2,5 milhões. Apesar disso, ninguém se feriu.
“O maior prejuízo, no entanto, é para o usuário, que tem menos ônibus à disposição para se deslocar”, diz Sérgio Luis de Oliveira, gestor da área de operação de transporte coletivo da Urbs.
A linha terá desvio pelas ruas Prefeito Omar Sabbag, Engenheiros Rebouças, Iapó, Imaculada Conceição e Brasílio Itiberê, até segunda ordem. As alterações e os novos pontos de parada podem ser conferidas neste link.
Segundo incêndio a ônibus em 2022
Esta é a segunda vez que a população local se revolta com uma operação da polícia e incendeia um ônibus. A outra vez ocorreu no dia 7 de março deste ano, quando um jovem de 20 anos foi baleado e morto num confronto com a Polícia Militar.
Logo em seguida, os moradores pararam um ônibus articulado da linha Capão Raso / Santa Cândida e fizeram a mesma coisa: mandaram todos descer e atearam fogo no veículo. Moradores protestaram afirmando que o rapaz não estava armado e por isto não se tratou de um confronto.
Operação policial
O ataque ao ônibus teria sido uma retaliação, por conta de uma operação que a Polícia Civil fez no local, pela manhã, para prender suspeitos de assassinatos na região. A briga pelo mando do tráfico de drogas no bairro teria resultado em pelo menos oito assassinatos nas últimas semanas.
Durante a operação, um suspeito morreu em confronto com a polícia e o outro foi preso. A morte do suspeito, um dos alvos da operação, é que teria gerado revolta na população local.