O chão de fábrica é delas: Mulheres fortalecem setor industrial
Dados do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) mostram que nos últimos anos, houve um crescimento de 36% na matrícula de mulheres em cursos tradicionalmente masculinos. Entre os cursos procurados pelas mulheres estão os do setor industrial. Jéssica Fernandes, de 33 anos, moradora de São José dos Pinhais é um dos exemplos.
“Quando eu cheguei no setor do metal e vi a solda imediatamente achei muito interessante. Então, comecei a perguntar para os meninos como eram realizadas as atividades, na curiosidade. Depois de um tempo eles passaram a me dar dicas, até que um dia um deles perguntou se eu gostaria de concorrer a uma oportunidade na área. Falei com o meu coordenador que me incentivou a fazer o curso e em pouco tempo eu já tinha conquistado a posição”, conta ela, que virou a primeira soldadora mulher do Grupo Vellore.
Segundo Jéssica, muitas pessoas ainda estranham quando ela conta que trabalha na área, e ainda é muito incomum encontrar mulheres que se aventuram. “É um universo muito masculino, e muitas mulheres nem cogitam porque é um trabalho mais pesado, mais perigoso e até mesmo mais sujo. Mas eu tenho muito orgulho, adoro contar minha profissão e desmistificá-la para as pessoas. A mulher pode estar onde ela quiser, essa é a verdade”, diz.
Mulheres no comando
E não é só nas fábricas que elas estão crescendo. A presença de mulheres em cargos de liderança em empresas como o Grupo Vellore, que possui os homens como principal público-alvo, também vem ganhando destaque. A Confederação Nacional das Indústrias (CNI) vem apontando o aumento na participação de mulheres em cargos de gestão na indústria. Segundo o órgão, de 2008 a 2021, a participação delas passou de 24% para 31,8%.
No Vellore, Rosane Pereira é uma das diretoras que garante que o quadro de diretoria seja equilibrado, e vê com otimismo essa nova fase. “O segmento de materiais de construção, ferramentas, jardinagem e materiais elétricos é sim formado tradicionalmente por homens. Mas quando se busca conhecimento, é possível transpor essa barreira. Afinal, dedicação e compromisso não têm gênero”, diz.
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