De acordo com informações divulgadas nesta terça-feira (17), pela diretoria do Banco Central, a economia brasileira acelerou e tende a ganhar ainda mais velocidade nos próximos trimestres.

O documento divulgado pela instituição faz referência à decisão da última quarta-feira (11), quando o Copom reduziu a taxa básica de juros, a Selic, em 0,5 ponto percentual, para 4,5% ao ano.

Economia brasileira: veja dados que prometem acelerar o país

Conforme o Copom, os trimestres seguintes devem apresentar aceleração.

“Tudo deve ser reforçado pelos estímulos decorrentes da liberação de recursos do FGTS e PIS-Pasep – com impacto mais concentrado no último trimestre de 2019”.

Desconsiderando esses estímulos temporários (FGTS e PIS/Pasep), a expectativa é por um ritmo gradual de crescimento da economia.

Setor privado e a maior participação do crédito livre

O Copom também discutiu a menor participação do estado na economia e as possíveis implicações para a atuação do BC na política monetária, equivalente a definição da taxa Selic.

Segundo o BC, há maior participação do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.

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(Foto: ilustrativa Pixabay)

Além disso, o crédito direcionado, empréstimos com regras definidas pelo governo,tem diminuído com menor participação dos empréstimos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, e maior acesso de empresas ao mercado de capitais.

Na ata, o comitê acrescentou que os últimos dados da atividade econômica e a maior eficiência do mercado de crédito e capitais podem resultar em uma redução da ociosidade do setor produtivo.

Inflação

De acordo com o Copom, as projeções para a inflação foram afetadas pelos efeitos do “choque de preço” da carne, que ocorreu de forma mais intensa e prematura do que a esperada.

“As projeções consideram um efeito direto mais concentrado no último bimestre deste ano, constituindo-se o principal fator de elevação das projeções para 2019”.

Em relação as preços administrados  como energia elétrica, gasolina, gás, transporte público e alimentos, o Copom considerou “a presença de condições benignas para a ocorrência de reajustes menores nas tarifas de energia elétrica, que já vêm se materializando e devem prosseguir”.

Para o comitê monetário, é preciso cautela na condução da política monetária dentro do atual ciclo econômico.

“O Comitê enfatiza que seus próximos passos continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”.

*Esse conteúdo foi elaborado a partir de informações publicadas originalmente no Agência Brasil