Nasce bebê de adolescente que engravidou ao ser estuprada por quatro jovens

Publicado em 2 maio 2019, às 00h00.

Nasceu na segunda-feira (29) o bebê de uma adolescente, de 17 anos, que engravidou ao ser estuprada por quatro jovens em Londrina, no norte do Paraná.

O crime ocorreu em meados de agosto de 2018 na zona norte da cidade, e os suspeitos continuam soltos.

Para agravar a situação, a vítima sofre de distúrbios mentais, problemas na audição, na fala e paralisia no quadril.

Adolescente é estuprada por quatro jovens em Londrina

Conforme a mãe da vítima, o crime aconteceu no trajeto entre a casa onde mora e a casa da avó.

Na ocasião, ela foi abordada por um rapaz que pegou sua mão e a levou até uma propriedade nas redondezas, onde outros três indivíduos esperavam para cometerem o estupro.

Jovem engravida após estupro

Mais tarde, ao ser descoberta a gravidez, a família decidiu que a jovem teria o bebê, mesmo ele sendo fruto do estupro coletivo.

No entanto, devido a suas limitações, ela enfrentou grandes dificuldades durante a gestação e precisou ser internada no Hospital Universitário (HU) de Londrina no dia 25 de abril.

Desde então, a familiares vinham solicitando que ela pudesse passar por uma cesárea para evitar maiores sofrimentos.

“Cheguei aqui nesse hospital tentando que ela fizesse uma cesária porque, no caso dela, ela não pode ter dor. Ela corre risco de vida desde quando engravidou, agora vou esperar minha filha morrer junto com meu neto? Isso não é justiça, isso é injusto”, afirmou a avó da criança.

Já o hospital, esperava por uma melhora no quadro de saúde tanto da mãe como do filho para que a cesárea pudesse acontecer.

Em nota, a instituição afirmou que a jovem foi acompanhada por uma equipe médica desde o dia 25 de abril e que o parto não aconteceu por conta de uma recomendação profissional.

Sobre a continuação da gravidez decorrente de um estupro, o HU ressaltou que essa “foi uma decisão da família”.

Nascimento do bebê

Após muita luta, a adolescente foi transferida para a Maternidade Municipal e deu a luz na tarde desta segunda.

Entretanto, não foi divulgado pelo hospital se o bebê nasceu de parto normal ou cesárea.

“Maior indignação é a da injustiça”

Os suspeitos do estupro – um deles maior de 18 anos e três menores de idade- foram denunciados à polícia, mas até o momento nada foi feito. “A polícia ainda não fez nada. Nem sequer para prender os meninos. Estão todos soltos”, contou a mãe da jovem.

Praticamente vizinha de um dos suspeitos do abuso, o estado psicológico da família é crítico. “Ela era cadeirante, lutei, batalhei e hoje ela está andando. Depois vem a audição, a fala, o atraso mental e a falta de coordenação motora. Ela fez cirurgia para soltar os tendões e agora? Agora vem um desses aí e faz uma coisa dessas, eu to sem chão”, concluiu.

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