Aeroportos do Paraná vão receber investimento bilionário

por Carol Machado
da equipe de estágio RIC Mais, sob supervisão de Larissa Ilaídes
Publicado em 12 fev 2020, às 00h00.

Segundo o governador Carlos Massa Ratinho Júnior, o estado garantiu investimentos de pelo menos R$ 1,5 bilhão em quatro aeroportos do Paraná: Afonso Pena, Bacacheri, Londrina e Foz do Iguaçu, que serão privatizados pelo governo federal.

O anúncio foi feito após reunião com o secretário nacional da Aviação Civil (SAC), Ronei Saggioro Glanzmann, em Brasília (DF), nesta terça-feira (11).

Os investimentos nos aeroportos do Paraná serão detalhados em março

As obras nos aeroportos do Paraná são para que os terminais subam de categoria e constarão no contrato de concessão, previsto para valer por 30 anos. Segundo o Ministério da Infraestrutura, o leilão deve ocorrer até o final deste ano.

Segundo o governador os estudos para a concessão estão em fase final e os investimentos serão detalhados pela União em audiência pública em março.

Além disso, o governador informou que entre as exigências contratuais para a privatização dos aeroportos do Paraná constam novos equipamentos de segurança, garantindo também voos em condições climáticas desfavoráveis.

“Curitiba ficará no mesmo patamar de Guarulhos, que hoje é o principal aeroporto do País”, destacou Ratinho Junior.

Melhorias serão feitas para que sejam feitos voos internacionais

Segundo o governador, as melhorias no terminal de Foz do Iguaçu já estavam em andamento mesmo antes de o aeroporto ser concedido à iniciativa privada.

O Diário Oficial da União (DOU) publicou neste mês o extrato do contrato da licitação do projeto executivo e das obras e serviços. O prazo de execução é de 515 dias a partir da assinatura da ordem de serviço, que deve ocorrer ainda neste mês. A publicação formaliza os termos da licitação.

A pista do Aeroporto Internacional das Cataratas tem 2.195 metros de comprimento por 45 metros de largura, e é considerada curta para decolagem de voos de longa distância.

Atualmente, não é possível decolar com o tanque cheio, o que impossibilita voos diretos para os Estados Unidos e a Europa.

A nova pista terá 2,8 mil metros, 605 metros a mais que a atual. Além disso, será aplicada uma camada de revestimento, que dá ganho de performance de 20% às aeronaves, o que permite autonomia de voos para locais como Miami, Nova York, Lisboa e Madri.

As obras nos aeroportos do Paraná incluem, ainda, melhorias na área de check-in, ampliação das salas de embarque e desembarque, implantação de escadas rolantes, carrosséis de bagagem, novos elevadores e quatro pontes de embarque (fingers). Esse conjunto deve aumentar a capacidade do aeroporto de 2,6 milhões para 5 milhões de passageiros ao ano.