A queda nos preços dos alimentos e na tarifa de energia elétrica puxou a deflação ao consumidor dentro do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) em outubro, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) recuou 0,09% no mês passado, após ter ficado estável (0,00%) em setembro.
Três das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas: Habitação (de 0,22% em setembro para -0,40% em outubro), Educação, Leitura e Recreação (de 0,31% para -0,03%) e Comunicação (de 0,54% para -0,09%). Houve influência da tarifa de eletricidade residencial (de 0,27% para -3,33%), show musical (de 2,22% para 0,26%) e tarifa de telefone móvel (de 1,47% para -0,13%).
Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas nos grupos Alimentação (de -0,67% para -0,28%), Despesas Diversas (de 0,04% para 0,38%), Vestuário (de 0,01% para 0,13%) e Transportes (de 0,16% para 0,20%). Os destaques partiram dos itens hortaliças e legumes (de -11,03% para -5,68%), cigarros (de 0,02% para 0,71%), roupas infantis (de -0,53% para 0,67%) e gasolina (de 0,08% para 0,87%).
O grupo Saúde e Cuidados Pessoais repetiu a taxa de variação da última apuração, que foi de 0,29%, com contribuição dos itens protetores para a pele (de -1,08% para 1,68%) e perfume (de 0,91% para -0,33%).
O núcleo do IPC-DI registrou alta de 0,15% em outubro, ante um avanço de 0,20% em setembro. Dos 85 itens componentes do IPC, 42 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, passou de 49,11% em setembro para 54,14% em outubro.