Assassino de Rachel Genofre pode ter ligação com crime semelhante em Sarandi
A Polícia Civil investiga se o assassino de Rachel Genofre, Carlos Eduardo do Santos, que estuprou e matou a criança em Curitiba, pode ter ligação com a morte de Beatriz Pacheco em Sarandi, no interior do Paraná, ocorrida em junho de 2012. (Assista reportagem completa abaixo)
De acordo com Adão Wagner Loureiro Rodrigues, delegado-chefe de Maringá, no noroeste do estado, os investigadores apuram o paradeiro de Carlos Eduardo na época do crime em Sarandi, para então solicitar o confronto do material genético do suspeito com o encontrado na criança que também foi violentada sexualmente e morta na sequência.
“Se houver uma confirmação de que se esse cidadão realmente estava preso na época do crime da Beatriz, aí, nós não vamos pedir a perícia. Mas como eu disse, tudo leva a crer que existe sim, muita semelhança na questão, uma com a outra e nós sabemos que crimes dessa natureza são feitos de forma cíclica. O cidadão comete um crime hoje, passa três, quatro anos, ele comete um crime parecido”, disse Rodrigues.
Assassino de Rachel Genofre viveu no interior do Paraná
O retrato falado feito na época do desaparecimento de Beatriz Pacheco lembra o assassino de Rachel Genofre. Além disso, sabe-se que Carlos Eduardo viveu, por algum tempo, no interior do Paraná. Já foram comprovadas sua passagem por Mandaguari, que fica a 23 Km de Sarandi, onde ele tentou sequestrar uma criança e em Umuarama.
Rachel Pacheco também foi violentada e morta
No dia do desaparecimento de Beatriz Pacheco, de 11 anos, a família participava de uma festa de aniversário e ela e um primo brincavam em uma rua. Segundo o depoimento do menino, os dois foram abordados por um homem que ofereceu R$ 10 para que eles cuidassem de seu cavalo, que estaria em um terreno baldio nas proximidades. O garoto não aceitou a proposta, enquanto Beatriz seguiu com ele e nunca mais foi vista com vida.
Após seu desaparecimento, cartazes foram espalhados e grupos de busca tentaram descobrir seu paradeiro sem sucesso. Um dia depois, o corpo da menina foi encontrado em uma área de mata a cerca de 1 Km de distância da casa onde participava da festa.
Beatriz apresentava marcas de violência sexual e a polícia coletou o material genético do assassino. Mais de 60 pessoas foram investigadas, alguns suspeitos chegaram a ser presos, mas o verdadeiro estuprador e assassino da criança nunca foi descoberto.
Entenda o Caso Rachel Genofre
Criminosos perigoso e com várias passagens pela polícia
Ainda adolescente, com 16 anos, em 1988, o assassino de Rachel Genofre já respondia a quatro inquéritos por roubo, estupro e estelionato. Com ficha criminal extensa, ele esteve várias vezes presos, mas sempre voltou para as ruas. Atualmente, com 52 anos, cumpre uma pena de 22 anos de prisão por estelionato e é suspeito de pelo menos outros cinco crimes sexuais.
Com a divulgação de seu rosto em rede nacional, a polícia acredita que outras vítimas possam aparecer.
Assista à reportagem:
O delegado Adão Wagner Loureiro Rodrigues conversou com a RIC Record TV Maringá.