A companhia aérea Azul teve um prejuízo líquido de R$ 438 milhões entre julho e setembro deste ano, 816% maior que os R$ 47,8 milhões registrados em igual período de 2018. Ajustado pelo impacto não-caixa da variação cambial, o resultado na linha teria ficado positivo em R$ 441,4 milhões, crescimento de 56,7% na comparação anual.
No trimestre, a Azul teve uma despesa financeira líquida de R$ 1,028 bilhão, 88,7% maior que a cifra negativa observada há um ano. A linha foi impactada principalmente pela perda cambial não-caixa de R$ 879,4 milhões (+167,0% na base anual), relacionada principalmente ao aumento da dívida denominada em moeda estrangeira devido à depreciação de 8,7% do real entre 30 de junho e 30 de setembro de 2019. “Nosso bond emitido em dólares está totalmente protegido. Portanto, qualquer variação cambial que impacte esses empréstimos é compensada por uma mudança nos instrumentos financeiros derivativos”, acrescenta a companhia.
O Ebitda da empresa somou R$ 935,8 milhões no trimestre, montante 24,4% maior frente ao terceiro trimestre do ano passado, enquanto a margem Ebitda ficou em 30,9%, 0,3 ponto porcentual abaixo do visto um ano antes. Já o resultado operacional (Ebit) aumentou 31,4%, para R$ 559,3 milhões, com margem de 18,5% (+0,8 p.p.).
A receita líquida da Azul, por sua vez, atingiu R$ 3,03 bilhões, alta de 25,5% na comparação anual.
Os dados do terceiro trimestre foram apresentados com ajustes pelo prejuízo contábil não-recorrente de R$ 15 milhões no período e de R$ 226,3 milhões reportados no segundo trimestre do ano passado, ambos relacionados à venda de aeronaves.