O Banco do Brasil retomou suas projeções de desempenho para este ano após concluída a oferta de ações anunciada em outubro com ajustes em parte das estimativas até então divulgadas. Enquanto de um lado melhorou a expectativa para seus resultados neste exercício frente ao passado, do outro, passou a prever um crescimento mais tímido da sua carteira de crédito rural.
O BB espera que seu lucro líquido ajustado fique entre R$ 16,5 bilhões e R$ 18,5 bilhões neste ano ante faixa anterior de R$ 14,5 bilhões a R$ 17,5 bilhões. No acumulado de 2019, o banco já entregou resultado de R$ 13,222 bilhões, incremento de 36,8% ante mesmo intervalo do exercício passado.
Para a carteira de crédito rural, a instituição espera aumento de 0,5% a 3,0% neste ano frente a 2018. Antes, sua projeção ia de 3,0% a 6,0%. Até setembro, porém, o BB entregou crescimento de apenas 0,8% no crédito rural. “O desempenho foi influenciado pela performance abaixo do esperado no financiamento para o segmento”, justifica o banco, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.
As demais projeções de desempenho do BB para 2019 foram mantidas. O BB espera que sua carteira de crédito encolha até 2% neste ano ante 2018 e, na melhor das hipóteses, cresça 1,0%. Até setembro, os empréstimos tiveram queda de 0,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, dentro do guidance.
Em relação ao crédito para pessoa física, o BB prevê incremento de 8,0% a 11,0%. Até setembro, a alta acumulada, de 10,4%, ficou em linha. Na pessoa jurídica, o banco está performando melhor do que suas projeções que apontam para encolhimento de 13% a 10% este ano. Nos primeiros nove meses de 2019, essa carteira amarga queda de 8,6%.
Para a margem financeira bruta, o banco projeta elevação de 3,0% a 7,0% neste ano. De janeiro a setembro, cresceu 4,6%, também em linha com o intervalo projetado.
As despesas de provisões (PCLD líquida) do BB devem alcançar entre R$ 14,5 bilhões e R$ 11,5 bilhões em 2019. Até agora já foram contabilizados R$ 10,0 bilhões.
O BB espera ainda que suas receitas com tarifas e serviços cresçam de 5,0% a 8,0% neste ano. De janeiro a setembro, esses ganhos aumentaram 7,3%.
Por fim, as despesas administrativas da instituição também apresentaram desempenho melhor que o guidance sinalizava. Cresceram 0,7% no acumulado do ano até setembro contra projeção de alta de 2,0% a 5,0%.