Bolsonaro diz que não quer e não pode intervir no preço dos combustíveis

Publicado em 17 abr 2019, às 00h00.

De acordo com Otávio Rêgo Barros, porta-voz da Presidência da República, Jair Bolsonaro disse que “não quer” e “não pode” intervir no preço dos combustíveis praticados pela Petrobras.

A declaração foi dada nesta terça-feira (16), durante reunião com ministros para debater como funciona o processo de formação de preços dos combustíveis.

Bolsonaro diz ‘eu não quero e não tenho direito de intervir na Petrobras”

Conforme relatou a imprensa o porta-voz do presidente, Bolsonaro disse: “eu não quero e não tenho direito de intervir na Petrobras. Eu não quero e não posso intervir na Petrobras”.

Além disso, o porta-vez disse que Bolsonaro acrescentou que não pode interferir nos preços da estatal por questões legais e políticas.

Reajustes anunciados

Na semana passada, a Petrobras anunciou um reajuste de 5,74% no preço do óleo diesel nas refinarias, mas a medida foi suspensa.

Segundo o governo, Bolsonaro queria entender aspectos técnicos da decisão da Petrobras.

Após a decisão de suspender o reajuste do diesel, houve queda das ações da petroleira na Bolsa de Valores de São Paulo, que registraram desvalorização de 8,54%.

Segundo o porta-voz, o governo ainda estuda medidas para atender o setor do transporte de carga, que vai além do impacto do preço do diesel.

A lista de demandas passa por questões como piso mínimo, pontos de parada e descanso, transporte de cargas perigosas, fiscalização do piso, infrações, marco regulatório do transporte de cargas, renovação e manutenção da frota, aposentadoria, cooperativismo, condições das rodovias e segurança.

Em maio do ano passado, a alta no preço do diesel levou à paralisação da categoria, afetando a distribuição de alimentos e outros insumos, o que causou prejuízos a diversos setores.

Em coletiva de imprensa hoje, Paulo Guedes, ministro da Economia, Paulo Guedes, reforçou que o governo está comprometido em não manipular preços.

Além disso, o governo anunciou mais cedo um pacote de medidas para atender o setor de transporte de cargas do país.

A princípio, uma delas é a oferta de uma linha de crédito especial para caminhoneiros autônomos, no valor total de R$ 500 milhões.

Os recursos deverão ser usados para aquisição de pneus e manutenção dos veículos.

Por fim, outra medida anunciada foi a recomposição de R$ 2 bilhões do orçamento do Ministério da Infraestrutura para a conclusão de obras de pavimentação e manutenção de rodovias.