Jair Bolsonaro diz que invasão de terra deve ser considerada terrorismo

Publicado em 19 abr 2019, às 00h00.

O presidente Jair Bolsonaro afirma que invasão de terra deve ser caracterizada como terrorismo. De acordo com ele, um projeto de lei sobre o assunto será enviado ao Congresso Nacional.

A declaração do presidente aconteceu durante uma transmissão ao vivo em sua página do Facebook, na noite desta quinta-feira (18).

Jair Bolsonaro diz que invasão de terra deve ser considerada terrorismo

De acordo com Bolsonaro, houve apenas um registro de invasão de terra no primeiro trimestre, contra 43 no mesmo período de 2018.

“No que depender de mim, será tipificado como terrorismo”, afirmo ele.

Conforme mencionou o presidente, ele disse que vai conversar com parlamentares para buscar uma proposta que seja viável para aprovação no Legislativo.

Estender o direito de legítima defesa

Bolsonaro também defendeu o envio de um outro projeto que possa estender o direito de legítima defesa para quem atira contra pessoas que tentem invadir domicílios privados.

Esta foi uma das promessas de campanha do presidente. Segundo ele, uma lei semelhante foi aprovada recentemente na Itália.

“Invasão de domicílio ou de uma fazenda ou chácara, o proprietário pode se defender atirando, e se o outro lado resolver morrer, é problema dele. Propriedade privada é sagrada”.

Ele também alegou que uma medida dessa natureza precisa ser costurada com parlamentares para ter alguma viabilidade.

A ideia, segundo Bolsonaro, seria aplicar o excludente de ilicitude nos casos em que um proprietário age para defender o seu bem ou propriedade.

“O nosso projeto visa que, em legítima defesa da vida própria ou de outrem, legítima defesa da propriedade ou bem próprio, entre aí o excludente de ilicitude. Você responde, mas não tem punição”, disse.

Além disso, ele cita o caso de policiais em confronto com pessoas armadas, onde o excludente de ilicitude pode ser aplicado caso se reconheça que a ação policial foi em legítima defesa.

Leste Europeu

O presidente também disse que deve viajar ao Leste Europeu no segundo semestre.

Ele agradeceu ao filho, Eduardo Bolsonaro, presidente de Relações Exteriores da Câmara, pelos contatos internacionais que tem feito.

Eduardo cumpre agenda internacional na Europa, onde se reuniu com o primeiro-ministro da Hungria, o conservador Viktor Orbán.

Depois, o deputado segue para a Itália, onde terá um encontro o com vice-premier Matteo Salvini.

“Eu pretendo viajar para aquela região, no segundo semestre, Hungria, Polônia, para a gente aprofundar nossos laços de amizade bem como, obviamente, comerciais”, disse o presidente.

Além disso, desde que assumiu o cargo, Bolsonaro fez quatro viagens internacionais. A primeira foi a participação no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

Depois, o presidente foi aos Estados Unidos, Chile e Israel.

Bolsonaro deve viajar em junho para a reunião do G20, grupo dos 20 países mais ricos, que ocorre no Japão.

Ele também anunciou que irá a China, maior parceiro comercial do Brasil, no segundo semestre.

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