Cabeça de preso decapitado durante rebelião é sepultada

A cabeça do preso foi decapitada e seu corpo não foi encontrado no fim da rebelião.(Foto: CaTve.com)

Thiago já era ameaçado pelo PCC e teve a cabeça decapitada logo no primeiro dia do motim

*Com informações da CaTve.com

Thiago Gomes de Souza foi assassinado durante a última rebelião na Penitenciária de Cascavel (PEC) que ocorreu entre os dias 9 e 11 de novembro, mas só na tarde de quinta-feira (16) a família conseguiu sepultar a cabeça do preso que foi também decapitado.

O pai e a esposa do detento estiveram no Instituto Médico Legal (IML) para fazer a liberação da cabeça do jovem, já que seu corpo não foi localizado após o fim da rebelião. A polícia suspeita que ele tenha sido incinerado durante o motim.

Thiago cumpria pena por estupro e roubo, e já era jurado de morte pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Acredita-se que a rebelião foi liderada por bandidos ligados ao PCC e, talvez por isso, ele tenha sido decapitado logo no primeiro dia.

Sua cabeça foi sepultada no Cemitério Municipal de Matelândia, onde vive sua família.

Relembre o motim

A rebelião na penitenciária de Cascavel teve início por volta das 15h30 de quinta-feira (9), durante o banho de sol do detentos, quando um grupo de presos escalou a parede e teve acesso ao telhado do presídio. Três agentes penitenciários foram feitos reféns.

Ainda na quinta-feira, os amotinados mataram o primeiro preso decapitado e exibiram sua cabeça como prêmio. O segundo preso foi morto na sexta-feira, quando o primeiro agente penitenciário feito refém foi libertado com ferimentos no rosto e no corpo.

Todos os agentes que ficaram em poder dos amotinados foram liberados sem ferimentos graves.

A penitenciária foi totalmente depredada: telhados quebrados, pontos de incêndios e pichações foram encontrados por todos os lados após o fim do motim. O secretário de segurança do Paraná, Wagner Mesquita, compartilhou imagens nas redes sociais que mostram a destruição e falou sobre a liberação de verbas para a reforma. 

Rebelião em 2014 terminou com cinco mortos

A rebelião mais violenta na Penitenciária Estadual de Cascavel aconteceu em agosto de 2014 terminou com saldo de 5 mortos e 25 feridos. O motim durou aproximadamente 45 horas.

Naquele ano, dois agentes penitenciários foram feitos reféns. O motim destruiu quase toda a PEC, que tinha capacidade para abrigar 1.116 e tinha 1.040 presos quando começou.

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17 nov 2017, às 00h00.
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